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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/16777
Tipo: Dissertação
Título: Máquina do tempo: ressonância de H. G. Wells na ficção distópica do século XX
Autor(es): Lira, Thaíse Gomes
Primeiro Orientador: Santos, Luciane Alves
Resumo: A máquina do tempo (2018 [1895]), primeiro romance de H. G. Wells, é uma das obras representantes do impulso distópico britânico e influenciou as narrativas distópicas do século XX, de forma que seu reflexo ainda é percebido nas obras do século XXI. A Distopia, cuja nomenclatura é recente nos estudos literários, carece de maiores investigações em língua portuguesa, e é nesse sentido que direciono este estudo. A essência do universo distópico, da forma que alcançou os dois últimos séculos, remonta a um conjunto de obras do século XIX e também às narrativas utópicas que surgiram no século XVI, a partir de A Utopia, de Thomas More. Socialista e visionário, Wells estabeleceu, em seu primeiro romance, diálogos consistentes que reverberariam na Ficção Científica e na distopia do século XX, segundo aspectos propostos por Figueiredo (2009) e outros estudiosos. O objetivo central desta pesquisa consiste em analisar o primeiro romance de Wells, sob a luz da ficção distópica, como uma das narrativas essenciais do impulso distópico britânico do século XIX, que auxiliaram no estabelecimento das bases estruturais das distopias contemporâneas; além disso, buscou delimitar as semelhanças e diferenças entre a Literatura de ficção científica e de ficção distópica; realizar um paralelo entre as Literaturas utópica, (pós) apocalíptica e distópica; investigar os aspectos insólitos, sociais e espontaneamente distópicos da narrativa de Wells, que influenciaram as obras canônicas do gênero no século XX. A pesquisa está amparada pelos estudos de Frost (2013), Tomachevski (2013), Oliveira (1999), Todorov (2013; 2014), Culler (1999), Castro (2007) Soares (2007), Saer (2012) García (2007), Jameson (2005; 1982), Cardoso (2003), Cardoso (2006), Bozzetto (2007), Vieira (2010), Silva (2013), Miranda (2016), Booker (1994), Figueiredo (2009), Moraes (2012), Pavlovski (2012), Baccolinni (1995), Moylan (2016), Perrone-Moisés (2016), Arendt (1979) Aristóteles (2007), Genette (2017), entre outros. A análise da obra permitiu a observação de que A máquina do tempo (2018 [1895]) é, na verdade, uma obra híbrida, que mescla traços utópicos, pósapocalípticos e distópicos; nem todos os aspectos apontados por Figueiredo (2009) são identificados na obra, mas através de seu livro, Wells também lançou alicerces para as distopias contemporâneas: a alta tecnologia e a visão republicana e socialista, com críticas marxistas de classe.
Abstract: The time machine (2018 [1895]), H. G. Wells’s first novel, is one of the books which represent the British dystopian impulse and that influenced the dystopian narratives of the twentieth century, so that its reflection is still perceived in the works of the 21st century. Dystopia, whose nomenclature is recent in literary studies, lacks further investigation in Portuguese, and I direct this study towards that sense. The essence of the dystopic universe, in the form that it reached the last two centuries, goes back to a set of nineteenth-century works and also to the utopian narratives that emerged in the sixteenth century, from Thomas More's Utopia. Socialist and visionary, Wells established, in his first novel, consistent dialogues that would reverberate in Science Fiction and in the twentieth century dystopias, according to aspects pointed out by Figueiredo (2009) and other scholars. The central aim of this research is to analyze Wells's first novel, in the light of dystopian fiction, as one of the essential narratives of the British dystopian impulse of the nineteenth century that helped establish the structural basis of contemporary dystopia; in addition, it sought to: delimit the similarities and differences between Science fiction and dystopian fiction; to compare the utopian, the (post) apocalyptic and the dystopian Literature; to investigate the unusual, social, and spontaneously dystopian aspects of Wells's narrative that influenced the canonical works of the genre in the twentieth century. The research is supported by the studies of Frost (2013), Tomachevski (2013), Oliveira (1999), Todorov (2013; 2014), Culler (1999), Castro (2007) Soares (2007), Saer (2012) García (2007), Jameson (2005; 1982), Cardoso (2003), Cardoso (2006), Bozzetto (2007), Vieira (2010), Silva (2013), Miranda (2016), Booker (1994), Figueiredo (2009), Moraes (2012), Pavlovski (2012), Baccolinni (1995), Moylan (2016), Perrone-Moisés (2016), Arendt (1979) Aristóteles (2007), Genette (2017), among others. The analysis of the work allowed the observation that The Time Machine (2018 [1895]) is, in fact, a hybrid work, that mixes utopian, post-apocalyptic and dystopic traits; not all of the aspects pointed out by Figueiredo (2009) are identified in the work, but through his book, Wells also laid foundations for contemporary dystopias: high technology and the republican and socialist view, with Marxist critiques of social classes.
Palavras-chave: Insólito ficcional
Distopia
H. G. Wells
A máquina do tempo
Fictional uncommon
Dystopia
The time machine
Ficção distópica
Ficção científica
A Máquina do Tempo - H. G. Wells
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/16777
Data do documento: 21-Fev-2019
Aparece nas coleções:Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - Programa de Pós-Graduação em Letras

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