Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28048
Tipo: | Tese |
Título: | Paraíba agroecológica: elementos de autonomia e reprodução camponesa |
Autor(es): | Oliveira, Mariana Borba de |
Primeiro Orientador: | Galvão, Josias de Castro |
Resumo: | Compreendemos a agroecologia enquanto movimento socioterritorial construído a partir de uma epistemologia decolonial e promovido por diversos setores da sociedade que buscam uma alternativa contra o avanço do agronegócio sobre os recursos naturais e sobre os direitos sociais inerentes à reprodução da vida. Neste trabalho, analisamos a práxis agroecológica na Paraíba, a partir das políticas públicas e das experiências locais que se articulam em redes, garantem processos que fortalecem a produção agroecológica e ampliam a autonomia camponesa. Portanto, defendemos a tese de que, na contemporaneidade, a práxis agroecológica constrói arranjos territoriais favoráveis à reprodução da classe camponesa, e esta, na medida em que produz comida de qualidade, fortalece o projeto de soberania alimentar de forma ampla, beneficiando toda a população, como defendido pelos movimentos sociais do campo e pela Reforma Agrária. Utilizamos dados quantitativos e qualitativos para analisar a construção do Movimento Agroecológico na Paraíba; algumas políticas públicas de apoio à agroecologia; as experiências de produção e comercialização agroecológicas que privilegiam a venda direta ao consumidor; e a estratégia dos bancos de sementes crioulas, que preservam o patrimônio genético e cultural do campesinato. Concluímos que a agroecologia fortalece as pautas históricas da classe camponesa e amplia o debate da questão agrária brasileira, contribuindo para a transformação da terra em território camponês. As experiências estudadas são fundamentadas na cooperação entre os sujeitos que resistem à monopolização do território pelo capital e foram fortalecidas nas últimas décadas por políticas públicas. Essas políticas foram construídas a partir da participação dos movimentos e organizações sociais nos espaços de tomada de decisão do governo federal. Desta forma, a reprodução camponesa (enquanto condição de autonomia e soberania alimentar) está condicionada à organização da classe camponesa em torno da agroecologia e é capaz de materializar as pautas e os valores ecossocialistas em busca do bem viver. |
Abstract: | We understand Agroecology as a socio-territorial movement built on a decolonial epistemology and promoted by various sectors of society that seek an alternative against the advance of agribusiness over natural resources and the social rights inherent in the reproduction of life. In this work, we analyze agroecological praxis in Paraíba, based on public policies and local experiences that are articulated in networks and guarantee processes that strengthen agroecological production and expand peasant autonomy. Therefore, we defend the thesis that, in contemporary times, agroecological praxis builds territorial arrangements favorable to the reproduction of the peasant class, and this, as it produces quality food, strengthens the project of food sovereignty, broadly, benefiting the entire population, as defended by rural social movements and Agrarian Reform. We use quantitative and qualitative data to analyze the construction of the Agroecological Movement in Paraíba; some public policies to support Agroecology; the agroecological production and commercialization experiences that favor direct sales to the consumer; and the strategy of Creole seed banks that preserve the genetic and cultural heritage of the peasantry. We conclude that Agroecology strengthens the historical agendas of the peasant class and expands the debate on the Brazilian Agrarian Question, contributing to the transformation of land into peasant territory. The studied experiences are based on cooperation between subjects who resist the monopolization of the territory by capital and have been strengthened in recent decades by public policies. These policies were built based on the participation of social movements and organizations in the decision-making spaces of the federal government. In this way, peasant reproduction (as a condition of autonomy and with food sovereignty) is conditioned to the organization of the peasant class around Agroecology, and is capable of materializing the eco-socialist agendas and values in search of good living. |
Palavras-chave: | Agroecologia - Paraíba Questão agrária – Brasil Movimento socioterritorial Agrarian issue Agroecology Socioterritorial movement |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
Sigla da Instituição: | UFPB |
Departamento: | Geografia |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
URI: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28048 |
Data do documento: | 13-Mai-2021 |
Aparece nas coleções: | Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) - Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
MarianaBorbaDeOliveira_Tese.pdf | 7,66 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciada sob uma
Licença Creative Commons