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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30196
Tipo: Dissertação
Título: A longa Idade Média: de Christine de Pizan a Juana Inés: um encontro possível através de residuos utópicos
Autor(es): Andrade, Gisely Castor de
Primeiro Orientador: López, Juan Ignacio Jurado Centurión
Resumo: O presente estudo tem como objetivo comparar e aproximar as obras "A cidade das damas" de Christine de Pizan e "Resposta a Sor Filotea de la Cruz” e “Homens Néscios que acusáis" de Juana Inés de La Cruz. Ambas as autoras abordaram um pensamento utópico em suas escritas. Mesmo que o termo "utopia" não existisse na época de Pizan, o sentimento de um "não lugar" estava presente em sua obra, assim como o desejo por justiça. De acordo com Hilário Franco (2021), esse anseio por um mundo mais justo é classificado como "Utopia da Justiça". A aproximação entre as autoras foi alcançada através da teoria da Residualidade de Roberto Pontes (2006), que permitiu reconhecer arquétipos reproduzidos nas mentalidades das épocas das duas escritoras, e do conceito de longa Idade Média de Le Goff (2015), que aponta que a mudança de um período para outro ocorreu apenas no século XVIII. O medievalista defende que a própria América se tornou berço para o medievo. Neste trabalho, observamos uma clara interdisciplinaridade entre história e literatura. De acordo com Jaume Aurell (2006), a interdisciplinaridade contribui para uma visão abrangente de um período. O pesquisador recomenda que se ponderem o presente e o passado, para evitar anacronismos. Através das obras, teorias e conceitos apresentados, refletimos sobre como o exercício da utopia foi utilizado para ampliar as representações femininas na história e possibilitou reivindicações impensáveis nos séculos das autoras. Também reconhecemos resíduos comuns na mentalidade das sociedades das escritoras e consideramos o impacto que essas mulheres tiveram na construção de uma sociedade mais igualitária para homens e mulheres.
Abstract: This study aims to compare and draw parallels between the works "The City of Ladies" by Christine de Pizan and "The Answer and Foolish Men" by Juana Inés de La Cruz. Both authors approached a utopian thought in their writings. Although the term "utopia" did not exist in Pizan's time, the sentiment of a "non-place" was present in her work, along with the desire for justice. According to Hilário Franco (2021), this yearning for a fairer world is classified as "Utopia of Justice." The approach between the authors was achieved through Roberto Pontes (2006) theory of Residuality, which allowed us to recognize archetypes reproduced in the mentalities of the two writers' eras, and through Le Goff's concept of the long Middle Ages (2015), which indicates that the transition from one period to another occurred only in the 18th century. The medievalist argues that America itself became a cradle for the medieval period. In this study, we observe a clear interdisciplinary approach between history and literature. According to Jaume Aurell (2006), interdisciplinary studies contribute to a comprehensive view of a specific era. The researcher recommends considering the present and the past to avoid anachronisms. Through the analyzed works, theories, and concepts, we reflect on how the exercise of utopia was used to expand the representation of women in history and enable unprecedented demands during the authors' centuries. We also acknowledge common residues in the mentalities of the societies of both writers and consider the impact these women had on shaping a more egalitarian society for men and women.
RESUMEN. El presente estudio tiene como objetivo comparar y acercar las obras "La ciudad de las damas" de Christine de Pizan y "Respuesta a Sor Filotea de la Cruz" y "Hombres Necios que Acusáis" de Juana Inés de La Cruz. Ambas autoras abordaron un pensamiento utópico en sus escritos. Aunque el término "utopía" no existía en la época de Pizan, el sentimiento de un "no lugar" estaba presente en su obra, así como el deseo por la justicia. Según Hilario Franco (2021), este anhelo por un mundo más justo se clasifica como "Utopía de la Justicia". El acercamiento entre las autoras se logró a través de la teoría de la Residualidad de Roberto Pontes (2006), que permitió reconocer arquetipos reproducidos en las mentalidades de las épocas de ambas escritoras, y del concepto de larga Edad Media de Le Goff (2015), que señala que el cambio de un período a otro ocurrió solo en el siglo XVIII. El medievalista defiende que América misma se convirtió en cuna para el medievo. En este trabajo, observamos una clara interdisciplinariedad entre historia y literatura. Según Jaume Aurell (2006), la interdisciplinariedad contribuye a una visión comprensiva de un período. El investigador recomienda que se ponderen el presente y el pasado para evitar anacronismos. A través de las obras, teorías y conceptos presentados, reflexionamos sobre cómo el ejercicio de la utopía fue utilizado para ampliar las representaciones femeninas en la historia y permitió reivindicaciones impensables en los siglos de las autoras. También reconocemos residuos comunes en la mentalidad de las sociedades de las escritoras y consideramos el impacto que estas mujeres tuvieron en la construcción de una sociedad más igualitaria para hombres y mujeres.
Palavras-chave: Literatura
Utopia
Residualidade
Christine de Pizan
Juana Inés de La Cruz
Literature
Residuality
Residualidad
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30196
Data do documento: 30-Ago-2023
Aparece nas coleções:Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - Programa de Pós-Graduação em Letras

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