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https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30895
Tipo: | Outro |
Título: | EU MARCHAREI na tua luta!:a vida de Elizabeth Teixeira |
Autor(es): | Bandeira, Lourdes Maria Miele, Neide Silveira, Rosa Maria Godoy |
Resumo: | Elizabete nos relata que, enquanto seu marido, João Pedro, era vivo, ela não apreciava a vida de militante que ele levava. Não era contra, mas não aceitava facilmente abrir mão dos pequenos prazeres que desejava e que lhe eram roubados pela luta. Elizabete não se conformava em ver João Pedro empreender longas caminhadas aos domingos, após o almoço, para encontrar-se com os camponeses de outros sítios, às vezes muito distantes. Ela gostaria de vê-lo descansando na rede, depois do almoço, aproveitando as tardes domingueiras para repousar das lidas da semana, ou simplesmente para ver o tempo passar. Mas João Pedro não lhe dava ouvidos, calçou suas sandálias e ia ao encontro do seu destino de liderança camponesa. Tantas vezes, relembra ela, João Pedro lhe perguntou se ela continuaria a sua luta, pois sentia que o latifúndio estava apertando o cerco em torno dele. Mas ela sempre se calou. Na semana em que foi assassinado ele voltou a lhe perguntar: "Elizabete, se eu morrer, você promete que continua essa caminhada?" Mais uma vez, ela nada lhe respondeu. No dia em que foi assassinado, ao ver seu corpo sem vida sobre a pedra fria, tendo o rosto ainda sujo pela terra da estrada misturada ao seu sangue mártir, Elizabete olhou bem para seu marido e lhe disse: "João Pedro, a partir de hoje, eu marcharei na tua luta!" Ainda hoje, com mais de setenta anos de idade, Elizabete se mantém fiel ao seu juramento de lutar para que a reforma agrária aconteça neste país. |
Abstract: | Elizabete tells us that, while her husband, João Pedro, was alive, she did not enjoy the militant life he led. She was not against it, but she did not easily accept giving up the small pleasures she desired and that were stolen from her by the struggle. Elizabete could not accept seeing João Pedro taking long walks on Sundays, after lunch, to meet with peasants from other farms, sometimes very far away. She would have liked to see him resting in a hammock after lunch, taking advantage of Sunday afternoons to rest from the week's work, or simply to watch time pass. But João Pedro did not listen to her, he put on his sandals and went to meet his destiny as a peasant leader. Many times, she recalls, João Pedro asked her if she would continue her struggle, because he felt that the latifundio was tightening its siege around him. But she always kept quiet. The week he was murdered, he asked her again: "Elizabete, if I die, do you promise to continue this journey?" Once again, she did not answer him. On the day he was murdered, upon seeing his lifeless body on the cold stone, his face still dirty from the dirt from the road mixed with his martyr's blood, Elizabete looked straight at her husband and said: "João Pedro, from today on, I will march in your fight!" Even today, at over seventy years of age, Elizabete remains faithful to her oath to fight for agrarian reform to happen in this country. |
Palavras-chave: | Paraíba Literária Escritores paraibanos |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
Sigla da Instituição: | UFPB |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto |
URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30895 |
Data do documento: | 22-Jul-2024 |
Aparece nas coleções: | Paraíba Literária |
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