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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/19123
Tipo: Tese
Título: Avaliação dos efeitos do exercício de força agudo e crônico sobre a reatividade uterina de ratas Wistar e efeito preventivo da Spirulina platensis
Autor(es): Ferreira, Paula Benvindo
Primeiro Orientador: Silva, Bagnólia Araújo da
Primeiro Coorientador: Silva, Alexandre Sérgio
Resumo: Os benefícios do exercício na saúde física e mental são bem estabelecidos como uma alternativa para a manutenção do bem-estar e como um meio para reduzir o risco de várias doenças crônicas. Entretanto, quando não é prescrito da forma correta, está associado ao estresse oxidativo, envolvido na fisiopatologia de desordens no sistema reprodutor feminino. Nesse contexto, Spirulina platensis, uma alga com potencial antioxidante, promoveu efeitos benéficos em modelos de músculo liso. Dessa forma, visando a busca por novas alternativas terapêuticas, avaliou-se os efeitos do exercício de força agudo e crônico e um possível efeito preventivo da S. platensis sobre o útero de rata. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (certidão 0211/14). Os animais foram divididos em grupos salina (GS) e suplementados com S. platensis nas doses de 50 (GSP50) e 100 mg/kg (GSP100), grupo somente adaptado (GC, controle), grupos exercitados e eutanasiados imediatamente (GO), 12 horas (G12) e 24 horas após a sessão de exercício físico (G24), grupo treinado por 8 semanas (GT) e suplementados com a alga na dose de 50 (GT50) e 100 mg/kg (GT100). Foi avaliada a reatividade contrátil e relaxante do útero, o balanço estresse oxidativo/defesas antioxidantes sistêmicas e teciduais, a modulação da via das proteínas cinases ativadas por mitógenos (MAPK) e parâmetros histomorfométricos do útero e da glândula adrenal. Observou-se que uma única sessão de exercício de força aumentou a reatividade contrátil, diminuiu a reatividade relaxante uterina, sem alterar o estresse oxidativo tecidual nem a via das MAPK, diminuiu o número de eosinófilos, aumentou a vascularização e a área da camada muscular uterina, contribuindo para o aumento da reatividade contrátil, além de um aumento da área cortical da adrenal, sugestiva de aumento da produção de hormônios catabólicos, como o cortisol. Tendo em vista as diferenças entre as respostas fisiológicas agudas e crônicas do exercício e que o treinamento de força induz um aumento de estresse oxidativo, nos últimos anos, observa-se o aumento do consumo de suplementos antioxidantes como uma ferramenta não invasiva útil para diminuir o dano muscular, melhorar o desempenho no exercício, prevenir ou reduzir o estresse oxidativo. Assim, hipotetizamos que o treinamento de força induziria alterações na reatividade uterina por meio do aumento do estresse oxidativo e que a suplementação com a alga preveniria esses efeitos. Observou-se que o treinamento de força aumenta a eficácia contrátil, diminui a potência relaxante e que esses efeitos são previnidos pela suplementação alimentar com S. platensis, por meio da inibição da via das ciclooxigenase, aumento na biodisponibilidade de NO e espécies reativas de oxigênio; además, previne a diminuição da expressão de JNK, sugerindo um papel anti-inflamatório tanto do exercício quanto da suplementação com S.platensis e aumenta a vascularização e a área vascular e previne a redução da espessura do miométrio, além de previnir parcialmente o aumento da área fasciculada e de degeneração lipídica, demonstrando um papel protetor frente a liberação de hormônios catabólicos como o cortisol. Portanto, ressalta-se o útero como um órgão-alvo para o exercício, bem como se demonstra que o exercício de força agudo e crônico alteram a reatividade uterina e a suplementação alimentar com a alga previne os danos associados ao treinamento de força revelando o potencial promissor da suplementação alimentar com S. platensis em processos fisiopatológicos que envolvem a desregulações na homeostase contrátil uterina e como preventiva para mulheres que praticam atividade física de maneira intensa.
Abstract: The benefits of exercise in physical and mental health are well established as an alternative to maintaining well-being and as a means to reduce the risk of various chronic diseases. However, when it is not prescribed correctly, it is associated with oxidative stress, involved in the pathophysiology of disorders in the female reproductive system. In this context, Spirulina platensis, an algae with antioxidant potential, promoted beneficial effects in smooth muscle models. Thus, aiming at the search for new therapeutic alternatives, we evaluated the effects of acute and chronic strength exercise and a possible preventive effect of S. platensis on the rat uterus. The experimental procedures were approved by CEUA/UFPB (certificate 0211/14). The animals were divided into saline (GS) and supplemented with S. platensis at doses of 50 (GSP50) and 100 mg / kg (GSP100), only adapted group (CG, control), exercised groups and euthanized immediately (GO), 12 hours (G12) and 24 hours after exercise (G24), group trained for 8 weeks (GT) and supplemented with algae at the dose of 50 (GT50) and 100 mg / kg (GT100). The contractile and relaxing reactivity of the uterus, the oxidative stress balance / systemic and tissue antioxidant defenses, the pathway modulation of the mitogen activated proteins kinases (MAPK) and the histomorphometric parameters of the uterus and adrenal gland were evaluated. It was observed that a single strength exercise session increased contractile reactivity, decreased uterine relaxant reactivity, without altering tissue oxidative stress or MAPK pathway, decreased eosinophil number, increased vascularity and area of the uterine muscular layer, contributing to the increase of the contractile reactivity, besides an increase of the cortical area of the adrenal, suggestive of increased production of catabolic hormones, such as cortisol. Considering the differences between the acute and chronic physiological responses of exercise and that strength training induces an increase in oxidative stress, in recent years the consumption of antioxidant supplements has been shown to be a useful non-invasive tool to decrease the muscle damage, improve exercise performance, prevent or reduce oxidative stress. Thus, we hypothesized that strength training would induce changes in uterine reactivity through increased oxidative stress and that algae supplementation would prevent such effects. It has been observed that strength training increases the contractile efficacy, decreases the relaxing potency and that these effects are prevented by dietary supplementation with S. platensis, by inhibition of cyclooxygenase pathway, increase in NO bioavailability and reactive oxygen species ; In addition, it prevents the decrease of JNK expression, suggesting an anti-inflammatory role of both exercise and supplementation with S.platensis and increases vascularization and vascular area and prevents the reduction of myometrial thickness, besides partially preventing the increase of fasciculated area and lipid degeneration, demonstrating a protective role against the release of catabolic hormones such as cortisol. Therefore, the uterus is highlighted as a target organ for the exercise, as well as showing that the exercise of acute and chronic strength alter uterine reactivity and food supplementation with algae prevents the damages associated with strength training revealing the potential promising dietary supplementation with S. platensis in pathophysiological processes that involve deregulation in contractile uterine homeostasis and as a preventive for women who practice intense physical activity.
Palavras-chave: Arthospira platensis
Treinamento de força
Reatividade uterina
Estresse oxidativo
Alterações morfológicas
Strength training
Uterine reactivity
Oxidative stress
Morphological changes
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::FARMACOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Farmacologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos
Tipo de Acesso: Acesso aberto
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/19123
Data do documento: 11-Abr-2019
Aparece nas coleções:Centro de Ciências da Saúde (CCS) - Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos

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