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https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/24222
Tipo: | Tese |
Título: | O acesso à saúde das mulheres privadas de liberdade no sistema carcerário da Paraíba |
Autor(es): | Alves, Rayanne Santos |
Primeiro Orientador: | Vianna, Rodrigo Pinheiro de Toledo |
Segundo Orientador: | Nascimento, João Agnaldo do |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O acesso da população carcerária à atenção integral à saúde no Sistema Único de Saúde é definido pela Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional, que enfatiza a garantia do direito à saúde das Pessoas Privadas de Liberdade, confinadas em estabelecimentos prisionais, o que torna a minimização das diferenças entre a vida intramuros e a extramuros fundamental para a redução das iniquidades e a universalização do acesso à saúde. Essa política ressalta ações complementares voltadas à população prisional, regido pelo respeito aos direitos humanos e justiça social. As mulheres presas estão bastante vulneráveis ao adoecimento, pois as precárias condições dos presídios e a própria privação de liberdade interferem na manutenção de saúde. OBJETIVO: Compreender a relação entre a qualidade do acesso à saúde das mulheres privadas de liberdade no sistema prisional da Paraíba e os seus atributos, bem como quão agravos psicossociais têm atingido esse público. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa. Os sujeitos do estudo foram compostos por 178 mulheres privadas de liberdade no sistema carcerário da Paraíba, em regime fechado. Para tratamento das informações coletadas de 16 entrevistas, realizadas da abordagem qualitativa, utilizou-se o software Interface de R pourles Analyses Multidimensionneles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) para subsidiar a análise de conteúdo das falas. Para análise dos dados, feita a estatística descritiva dos dados e posteriormente aplicado o método estatístico Regressão Logística Ordinal. RESULTADOS: As mulheres encarceradas da Paraíba têm acesso à saúde, porém a qualidade para elas (74,7%) está caracterizada como de pouco e moderado acesso. Os atributos Tempo e Tipo de Crime influenciam a qualidade de acesso à saúde, pois obtiveram dados estatisticamente significativos: tempo de prisão igual ou superior a 2 anos têm 35% de chances a mais de ter mais acesso à saúde; bem como as presas que não cometeram crimes relacionados ao tráfico ou estelionato têm 62% de chances de ter mais acesso à saúde que as detentas que praticaram esse tipo de crimes. Com aplicação da Escala Hospitalar para Ansiedade e Depressão (HADS) evidenciou-se para ansiedade de 74,2% e depressão 69,1% das 178 participantes do estudo. Com análise dos conteúdos das entrevistas com participantes, observam-se fragilidades no acesso à saúde no tocante: qualidade da atenção e quantidade dos profissionais de saúde; medicações, exames e testes a disposição das presas; necessidades no atendimento às demandas nos casos não urgentes e atividades de saúde. CONCLUSÃO: O serviço de saúde prisional possibilita acesso à saúde às mulheres presas, porém é necessário um maior investimento nos recursos humanos, nas atividades de saúde, nos atendimentos de caráter não urgente e na organização do fluxo de atenção à saúde para que esse acesso seja de maior qualidade, uma vez que a privação de liberdade potencializa a vulnerabilidade ao adoecimento físico e mental. |
Abstract: | INTRODUCTION: The Access of the prison population to comprehensive health care in the Unified Health System is defined by the National Policy of Comprehensive Care for Persons Deprived of Liberty in the Prison System, which emphasizes the guarantee of the right to health of Persons Deprived of Liberty, confined in prison establishments, which makes minimizing the differences between intramural and extramural life essential for reducing inequities and universal access to health. This policy highlights complementary actions aimed at the prison population, governed by respect for human rights and social justice. Women prisoners are very vulnerable to illness, as the precarious conditions of the prisons and the deprivation of freedom itself interfere in maintaining health. OBJECTIVE: To understand the relationship between the quality of access to health for women deprived of liberty in the prison system in Paraíba and their attributes, as well as how psychosocial problems have affected this public. METHODOLOGY: This is a descriptive, exploratory study with a quantitative and qualitative approach. The study subjects were composed of 178 women deprived of their liberty in the Paraíba prison system, in a closed regime. To treat the information collected from 16 interviews; carried out using a qualitative approach, the software Interface de R pourles Analyses Multidimensionneles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) was used to support the analysis of the statements. For data analysis, descriptive statistics of the data were made and then the statistical model for decision making was applied: Ordinal Logistic Regression. RESULTS: Incarcerated women in Paraíba have access to health, but the quality for them (74,7%) is characterized as having little and moderate access. The attributes Time and Type of Crime influence the quality of access to health, as they obtained statistically significant data: prison time equal to or greater than 2 years has a 35% more chance of having more access to health; as well as inmates who not committed crimes related to trafficking or fraud are 62% more likely to have access to health care than inmates who have committed such crimes. With the application of the Hospital Scale for Anxiety and Depression (HADS), 74,2% anxiety and 69,1% depression out of the 178 study participants. With analysis of the content of the interviews with participants, weaknesses in access to health are observed regarding: quality of care and quantity of health professional; medications, exams and testes available to the prisoners; needs in meeting demands in non-urgent cases and health activities. CONCLUSION: The prison health services provides access to health care for women prisoners, but greater investment in human resources, health activities, non-urgent care and the organization of the flow of health care is necessary for this access to be of higher quality, since the deprivation of freedom increases the vulnerability to physical and mental illness. |
Palavras-chave: | Acesso aos serviços de saúde Saúde da mulher Prisões Políticas públicas de saúde Saúde mental Access to health services Women’s health Prisons Public health policies Mental health |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
Sigla da Instituição: | UFPB |
Departamento: | Ciências Exatas e da Saúde |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Modelos de Decisão e Saúde |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
URI: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/24222 |
Data do documento: | 27-Out-2020 |
Aparece nas coleções: | Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) - Programa de Pós-Graduação em Modelos de Decisão e Saúde |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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