Skip navigation

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/24783
Tipo: Dissertação
Título: Fragile: teorias de controle e a decolonização performativa do corpo dissidente
Autor(es): Dias, Cristiane Peres
Primeiro Orientador: Costa, Robson Xavier da
Resumo: O corpo da mulher racializada carrega consigo estereótipos que participam de narrativas colonialistas estruturadas pela relação associativa entre raça, gênero e classe, uma tríade comumente exercida por práticas coercitivas que afetam suas identidades na disposição social. A performance arte ativada por corpos de mulheres negras/es é uma das manifestações da arte contemporânea que possibilita tensionar padrões impositivos que procuram estabelecer onde e como esses corpos devem existir. O objetivo desta pesquisa é analisar como a performance arte negra pode contestar teorias de controle da colonialidade a partir da decolonização do conhecimento teórico-prático, suscitado por questões relacionadas às experiências racistas de mulheres negras/es. Examino três registros fotográficos da performance intitulada Fragile (1/25), de minha autoria, realizada no interior de Pernambuco, em 2021, durante residência artística na Usina de Arte. Nas análises, destaco os confrontos vivenciados por corpos dissidentes frente aos processos do racismo genderizado, interseccionado pelos apagamentos culturais, e o trauma identitário como produtos do racismo estrutural. Trata-se de uma pesquisa qualitativa (Guerra, 2014), com estudo de caso (Yin, 2011), revisão bibliográfica, análise documental e autobiografia intermediada pelo conhecimento decolonial. Os estudos foram articulados a partir de produções visuais de artistas brasileiras negras/es e de um breve histórico do corpo racializado/e, na qualidade de veículo do conhecimento histórico e interdisciplinar, por meio de Taylor (2013) e Ligiéro (2011). Abordo as práticas de coerção e desintegração identitária, através das teorias anômalas do branqueamento, e as políticas da desigualdade sob o ponto de vista de Carneiro (2011), Schwarcz (2012) e Fanon (2019). As intelectuais Kilomba (2019), Davis (2016), Collins (2019), hoocks (2020) e Gonzalez (2020) trazem à luz a decolonização narrativa das relações de raça, gênero e classe do corpo racializado/e feminino/e em sua diversidade anacrônica. A pesquisa evidencia a performance arte negra como um conduto teórico-expressivo do conhecimento decolonizado, articulado pelas vivências e pelas performatividades dissidentes aos limites colonizadores.
Abstract: The bodies of racialized women carry stereotypes that participate in colonialist narratives structured by the associative relations between race, gender, and class, a triad commonly exerted by coercive practices that affect their identities in the social disposition. Performance art activated by Black women's bodies is one of the manifestations of contemporary art that makes it possible to strain imposing patterns that seek to establish where and how these bodies should exist. This research aims to analyze how Black performance art can dispute theories of coloniality control through the decolonization of theoretical and practical knowledge raised by issues related to the racist experiences of black women. I examine three photographic records of the performance entitled Fragile (1/25), photographed by me, held in the interior of Pernambuco, in 2021, during an artistic residency at “Usina de Arte.” In the analyses, I emphasize the confrontations experienced by dissident bodies facing the processes of genderized racism, intersected by cultural erasures and identity trauma as products of structural racism. It is qualitative research (Guerra, 2014), with a case study (Yin, 2011), literature review, documental analysis, and autobiography mediated by decolonial knowledge. The studies were articulated from visual productions of black Brazilian artists and a brief history of the racialized body, as a vehicle of historical and interdisciplinary knowledge, based on Taylor (2013) and Ligiéro (2011). I approach the practices of coercion and identity disintegration through the unnatural theories of whitening, and the policies of inequality from the point of view of Carneiro (2011), Schwarcz (2012), and Fanon (2019). The intellectuals Kilomba (2019), Davis (2016), Collins (2019), hoocks (2020), and Gonzalez (2020) bring to light the narrative decolonization of race, gender, and class relations of the racialized and female body in its anachronistic diversity. The research highlights the Black art performance as a theoretical-expressive conduit of decolonized knowledge, articulated by experiences and performativities dissidents to the colonizing limits.
Palavras-chave: Artes visuais
Performance arte negra
Corpo negro
Mulheres negras
Estudos decoloniais
Visual arts
Black art performance
Black body
Black women
Decolonial studies
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::EDUCACAO ARTISTICA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Artes Visuais
Programa: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/24783
Data do documento: 30-Jun-2022
Aparece nas coleções:Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) - Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
CristianePeresDias_Dissert.pdf7,26 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons