Skip navigation

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26201
Tipo: TCC
Título: O que define um cariótipo bimodal? revisitando a bimodalidade
Autor(es): Araújo, Leylson Ferreira
Primeiro Orientador: Felix, Leonardo Pessoa
Resumo: Cariótipos Bimodais apresentam duas classes de cromossomos, uma formada por cromossomos grandes e outra por cromossomos pequenos, de forma que a diferença entre as classes é distintamente discrepante, representando o extremo da assimetria cariotípica. Essa definição foi originalmente proposta por Avdulov em 1931 e posteriormente discutida por Stebbins em 1971. Espécies como Eleutherine bulbosa possuem um cariótipo marcantemente bimodal, contudo essa diferença não é óbvia em muitos cariótipos tidos bimodais. Em face da ausência de um critério objetivo para definir o nível de descontinuidade entre dois subconjuntos de cromossomos em um cariótipo supostamente bimodal, a classificação torna-se subjetiva. O objetivo no trabalho foi revisitar o conceito de cariótipo bimodal por meio de uma revisão bibliográfica, e propor um critério quantitativo para definição da bimodalidade, em concordância com Avdulov e Stebbins. A morfologia cromossômica e a assimetria foram avaliadas em 37 espécies mencionadas na literatura como apresentando cariótipos bimodais. Essas espécies foram comparadas com oito espécies de referência utilizadas por Stebbins, que as separou em duas classificações cariotípicas, assimétricas ou bimodais. A análise de conglomerado por distância Euclidiana foi utilizada para avaliar a descontinuidade no tamanho dos cromossomos em cada cariótipo. Os conceitos de bimodalidade apresentados nas publicações foram comparados com o proposto originalmente por Avdulov. Os números cromossômicos variaram de 2n = 8 em Drosophila melanogaster, Hypochaeris brasiliensis, H. catharinensis e H. chillensis até 2n = 140 em Agave fourcroydes. Com base no índice de assimetria intercromossômica A2, Scaphura nigra apresentou o cariótipo mais assimétrico com A2 = 1,0, enquanto Puya mirabilis foi o mais simétrico com A2 = 0,25. Para as categorias de assimetria intercromossômicas de Stebbins, 20 espécies apresentaram cariótipos B, enquanto 16 apresentaram classificação C. Considerando uma distância euclidiana ≥ a 40%, 19 espécies apresentaram cariótipos com dois subconjuntos cromossômicos. Por outro lado, algumas espécies formaram três subconjuntos, enquanto outras apresentam variação contínua. Stebbins demonstra em espécies de referência que a descontinuidade entre o menor cromossomo do subconjunto maior, e o maior cromossomo do subconjunto menor em espécies com cariótipo bimodal é ≥ 2: 1. Em contrapartida, todas as espécies com cariótipo apenas assimétrico apresentaram uma relação ≤ 1,5: 1 entre os cromossomos envolvidos na descontinuidade. Um dos principais critérios envolvidos no conceito original de bimodalidade é a diferença distintamente discrepante entre os dois subconjuntos cromossômicos. Por esta razão, propomos a proporção ≥ 2: 1 entre o menor cromossomo do subconjunto maior, e o maior cromossomo do subconjunto menor, como critério quantitativo na definição de um cariótipo bimodal.
Abstract: Bimodal karyotypes present two classes of chromosomes, one formed by large chromosomes and the other formed by small chromosomes, so that the difference between the classes is sharply distinct, representing the extreme of karyotypic asymmetry. This definition was originally proposed by Avdulov in 1931 and later discussed by Stebbins in 1971. Species such as Eleutherine bulbosa have a markedly bimodal karyotype, however this difference is not always obvious. In view of the absence of an objective criterion to define the level of discontinuity between two classes of chromosomes in a putative bimodal karyotype, the classification becomes subjective. The objective of this work was to revisit the concept of bimodal karyotype through a literature review, and to propose a quantitative criterion in agreement with Avdulov and Stebbins. Chromosome morphology and asymmetry were evaluated in 37 species mentioned as having bimodal karyotypes. These species were compared with eight reference species used by Stebbins, separated into asymmetric or bimodal. Cluster analysis by Euclidean distance was used to assess the discontinuity in chromosome size in each karyotype. The bimodality concepts presented in the papers were compared with the one originally proposed by Avdulov. The chromosome numbers ranged from 2n = 8 in Drosophila melanogaster, Hypochaeris brasiliensis, H. catharinensis and H. chillensis to 2n = 140 in Agave fourcroydes. Based on the A2 interchromosomal asymmetry index, Scaphura nigra had the most asymmetric karyotype with A2 = 1.0, while Puya mirabilis was the most symmetric with A2 = 0.25. For Stebbins' interchromosomal asymmetry categories, 20 species presented B karyotypes, while 16 species presented C karyotypes. Considering a Euclidean distance ≥ 40%, 19 species presented karyotypes with two chromosomal classes. On the other hand, some species presented three classes, while others showed continuous variation. Stebbins demonstrates through reference species that the discontinuity between the smallest chromosome of the largest subset and the largest chromosome of the smallest subset in species with a bimodal karyotype is ≥ 2: 1. On the other hand, all species with a strongly asymmetric karyotype had a ratio ≤ 1.5: 1 between the chromosomes involved in the discontinuity. One of the main criteria involved in the concept of bimodality is sharply distinct difference between two classes of chromosomes. For this reason, we propose the ratio ≥ 2: 1 between the smallest chromosome of the largest subset, and the largest chromosome of the smallest subset, as a quantitative criterion for the definition of a bimodal karyotype.
Palavras-chave: Assimetria cromossômica
Citogenética
Stebbins
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Ciências Biológicas
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26201
Data do documento: 16-Dez-2022
Aparece nas coleções:TCC - Ciências Biológicas

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
LFA07022023-MB276.pdf1,94 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir    Solicitar uma cópia


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons