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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27115
Tipo: Dissertação
Título: Práticas de socialização parental e comportamentos agressivos de crianças com transtorno do espectro autista
Autor(es): Carvalho, Mírian Carla Lima
Primeiro Orientador: Camino, Cleonice Pereira dos Santos
Resumo: Essa dissertação foi estruturada em quatro capítulos. No primeiro capítulo foi apresentada uma revisão não sistematizada explicitando as seguintes temáticas: práticas de socialização, agressão e as características do Transtorno do Espectro Autista (TEA). No segundo capítulo, realizou-se uma revisão, cujo objetivo geral foi avaliar sistematicamente a produção bibliográfica, dos últimos 20 anos, sobre a relação entre socialização parental e os comportamentos agressivos de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Os critérios de inclusão dos artigos foram: publicações dos últimos 20 anos, dentro da temática escolhida e tendo como amostra crianças com o diagnóstico de TEA. Já os critérios de exclusão utilizados foram: as teses, as dissertações e os artigos duplicados. A partir da busca realizada, foram considerados 25 artigos para a discussão dos dados. De um modo geral, constatou-se que os comportamentos agressivos não podem ser considerados sintomas específicos que caracterizem o TEA, mas podem estar associados a outros fatores relacionados ao TEA, como déficits na comunicação, déficits sensoriais, padrões comportamentais e a presença de outras comorbidades. Também foi possível notar que os pais de pessoas com TEA tendem a utilizar práticas de proteção e controle excessivo; em relação especificamente as práticas maternas de crianças com TEA, algumas pesquisas demonstraram que elas fizeram pouco uso de Regras e Disciplina e utilizaram mais Parentalidade Positiva. Além disso, se constatou que os comportamentos agressivos foram positivamente correlacionados com a Disciplina e o Castigo Duro, assim como foi encontrado que estilos parentais se relacionaram positivamente e de forma estatisticamente significativa com comportamentos agressivos. No terceiro capítulo, teve-se como objetivo geral averiguar em que medida as práticas de socialização adotadas por mães de crianças com o Transtorno do Espectro Autista e de mães que possuiam filhos em desenvolvimento típico relacionavam-se com a percepção delas sobre os comportamentos agressivos de seus filhos. Para esse estudo as seguintes hipóteses foram elaboradas: (a¹) O uso da prática de controle externo pelas mães de crianças com TEA prediz positivamente a percepção das mães dos comportamentos agressivos (agressão física, raiva e hostilidade) atribuída aos filhos; (a²) O uso de controle interno pelas mães de crianças com TEA prediz negativamente dos comportamentos agressivos (agressão física, raiva e hostilidade) atribuída aos seus filhos; (b¹) As mães de crianças com TEA em nível de suporte leve como em nível moderado utilizam mais práticas de controle interno que as mães de crianças em nível de TEA severo; (b²) As mães de crianças com nível de suporte severo utilizam mais práticas de controle externo que as mães de crianças em nível de TEA leve e moderado; (c¹) As mães percebem seus filhos com TEA com mais agressão física que suas filhas com TEA; (c²) As mães percebem seus filhos com TEA com mais raiva que suas filhas com TEA; (c³) As mães percebem seus filhos com TEA com mais hostilidade que suas filhas com TEA; (d¹) As mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista percebem mais raiva nos filhos que as mães com filhos em desenvolvimento típico; (d¹) As mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista percebem mais raiva nos filhos que as mães com filhos em desenvolvimento típico; (d²) As mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista percebem mais agressão física nos filhos que as mães com filhos em desenvolvimento típico; (d³) As mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista percebem mais hostilidade nos filhos que as mães com filhos em desenvolvimento típico; (d4) As mães de crianças em desenvolvimento típico percebem mais agressão verbal nos filhos que as mães com filhos com Transtorno do Espectro Autista. (e¹) As mães de crianças com DT farão mais uso do controle interno que as mães de crianças com TEA. Foram entrevistadas 90 mães de crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). As mães estavam na faixa etária de 26 a 66 anos (M= 37,10; DP=7,54) e as crianças, diagnosticadas com TEA, encontravam-se na faixa etária de 8 a 10 anos e 11 meses (M= 8,93; DP=0,79), sendo 80% (f = 72) do sexo masculino e 20% (f = 18) do sexo feminino. Também, contou-se com 46 mães de crianças em desenvolvimento típico, na faixa etária de 22 a 49 anos (M = 33,80; DP=5,74); as crianças tinham idades variando entre 7 e 10 anos (M = 8,28; DP = 1,10), sendo 19 (41,3%) do sexo masculino e 27 (58,7%) do sexo feminino. Para a coleta de dados foram utilizados: um Questionário sociodemográfico, o Questionário de Agressão – BPAQ Versão adaptada para mães e o Instrumento de Técnicas de Socialização. Em geral, os dados estatisticamente significativos foram que: a percepção das mães referente ao controle externo foi capaz de predizer a percepção de agressão física e de raiva dos filhos com TEA; as mães com filhos de nível mais severo de TEA fizeram pouco uso das explicações e as com filho leve ou moderado fizeram mais uso de explicações; e as meninas com TEA apresentaram mais raiva e hostilidade que os meninos com TEA: quando se comparou a percepção das mães de crianças com TEA com as mães de crianças em DT foi possível notar que as mães de crianças com TEA perceberam mais raiva nos seus filhos do que as mães de crianças em DT; e, ao serem comparadas acerca da percepção do uso das práticas, as mães de filhos com TEA fizeram menos uso do controle interno do que as mães com filhos em DT. Por último, no quarto capítulo, foi efetuada uma discussão geral, com base nos estudos empíricos já realizados.
Abstract: This dissertation was structured in four chapters. In the first chapter, a non-systematized review was presented, explaining the following themes: socialization practices, aggression and the characteristics of Autistic Spectrum Disorder (ASD). In the second chapter, a review was carried out, whose general objective was to systematically evaluate the bibliographical production, over the last 20 years, on the relationship between parental socialization and aggressive behavior in children with Autistic Spectrum Disorder. The inclusion criteria of the articles were: publications from the last 20 years, within the chosen theme and with children diagnosed with ASD as a sample. The exclusion criteria used were: theses, dissertations and duplicate articles. From the search carried out, 25 articles were considered for the discussion of the data. In general, it was found that aggressive behaviors cannot be considered specific symptoms that characterize ASD, but may be associated with other factors related to ASD, such as communication deficits, sensory deficits, behavioral patterns and the presence of other comorbidities. It was also possible to notice that parents of people with ASD tend to use excessive protection and control practices; specifically regarding the maternal practices of children with ASD, some research has shown that they made little use of Rules and Discipline and used more Positive Parenting. In addition, it was found that aggressive behaviors were positively correlated with Discipline and Harsh Punishment, as well as it was found that parenting styles were positively and statistically significantly related to aggressive behaviors.In the third chapter, the general objective was to find out to what extent the socialization practices adopted by mothers of children with Autistic Spectrum Disorder and mothers who had typically developing children were related to their perception of aggressive behavior in children. your children. For this study, the following hypotheses were elaborated: (a¹) The use of external control by mothers of children with ASD positively predicts the mothers' perception of aggressive behavior (physical aggression, anger and hostility) attributed to their children; (a²) The use of internal control by mothers of children with ASD negatively predicts aggressive behavior (physical aggression, anger and hostility) attributed to their children; (b¹) Mothers of children with ASD at mild and moderate levels of support use more internal control practices than mothers of children with severe ASD; (b²) Mothers of children with a severe level of support use more external control practices than mothers of children with mild and moderate ASD levels; (c¹) Mothers perceive their sons with ASD to be more physically aggressive than their daughters with ASD; (c²) Mothers perceive their sons with ASD to be angrier than their daughters with ASD; (c³) Mothers perceive their sons with ASD with more hostility than their daughters with ASD; (d¹) Mothers of children with Autism Spectrum Disorder perceive more anger in their children than mothers with typically developing children; (d¹) Mothers of children with Autism Spectrum Disorder perceive more anger in their children than mothers with typically developing children; (d²) Mothers of children with Autism Spectrum Disorder perceive more physical aggression in their children than mothers with typically developing children; (d³) Mothers of children with Autism Spectrum Disorder perceive more hostility in their children than mothers with typically developing children; (d4) Mothers of typically developing children perceive more verbal aggression in their children than mothers of children with Autistic Spectrum Disorder. (e¹) Mothers of children with TD will make more use of internal control than mothers of children with ASD. Ninety mothers of children diagnosed with Autistic Spectrum Disorder (ASD) were interviewed. The mothers were aged between 26 and 66 years (M= 37.10; SD=7.54) and the children, diagnosed with ASD, were aged between 8 and 10 years and 11 months (M= 8 .93; SD=0.79), with 80% (f = 72) male and 20% (f = 18) female. Also, there were 46 mothers of typically developing children, aged between 22 and 49 years (M = 33.80; SD=5.74); the children were aged between 7 and 10 years (M = 8.28; SD = 1.10), 19 (41.3%) males and 27 (58.7%) females. For data collection, the following were used: a sociodemographic questionnaire, the Aggression Questionnaire – BPAQ Adapted version for mothers and the Socialization Techniques Instrument. In general, the statistically significant data were that: the mothers' perception of external control was able to predict the perception of physical aggression and anger in children with ASD; mothers with children with a more severe level of ASD made little use of explanations and those with mild or moderate children made more use of explanations; and girls with ASD showed more anger and hostility than boys with ASD: when comparing the perception of mothers of children with ASD with mothers of children with TD, it was possible to notice that mothers of children with ASD perceived more anger in their children than mothers of children with TD; and, when compared regarding the perception of the use of practices, mothers of children with ASD made less use of internal control than mothers of children with TD. Finally, in the fourth chapter, a general discussion was carried out, based on the empirical studies already carried out.
Palavras-chave: Autismo - Criança
Práticas parentais
Transtorno do espectro autista
Agressão - Crianças
Autism - Child
Parenting practices
Autistic spectrum disorder
Aggression - Child
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Psicologia Social
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27115
Data do documento: 30-Mar-2023
Aparece nas coleções:Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social

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