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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28070
Tipo: TCC
Título: ACIDENTES DE TRÂNSITO E SAÚDE MENTAL: O IMPACTO DAS SEQUELAS PERMANENTES NOS ESTADOS PSICOLÓGICOS DE SUAS VÍTIMAS
Autor(es): FERNANDES, GISELLY CRISTINA DO NASCIMENTO
Primeiro Orientador: Simeão, Shirley Souza Silva
Resumo: Os acidentes de trânsito (AT) são eventos urbanos que podem resultar em danos materiais ou em lesões a pessoas, sendo ocasionados por causas internas e externas. Os AT constituem um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, devido ao alto índice de morbimortalidade, da sobrecarga do sistema de saúde e do impacto psicossocial às suas vítimas. Em relação à saúde mental, vítimas de AT costumam desenvolver reações dissociativas, a exemplo de ansiedade, estresse, depressão, desesperança, ideação suicida e auto-ódio. Todavia, ainda não está claro se o desenvolvimento desses estados psicológicos é comum tanto em vítimas de AT que desenvolveram sequelas em decorrência desse evento, quanto em pessoas que vivenciaram tal evento traumático, mas que não desenvolveram sequelas. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi observar se existem diferenças estatisticamente significativas nos níveis de saúde mental de pessoas que sofreram AT e desenvolveram sequelas (i.e., deficiência adquirida) versus pessoas que passaram por AT e não desenvolveram sequelas. Especificamente, buscamos: a) identificar os níveis de saúde mental das vítimas de acidente de trânsito; b) correlacionar as variáveis de saúde mental associadas aos processos psicológicos de vítimas de AT e c) comparar os níveis de saúde mental entre os participantes que em decorrência dos AT desenvolveram sequelas permanentes versus os que não desenvolveram sequelas. Participaram deste estudo 42 pessoas, igualmente distribuídos com relação ao sexo (i.e., 50% do sexo masculino e 50% do sexo feminino), com idades entre 21 e 56 anos (M = 33,30; DP = 8,52). Os participantes responderam a um questionário online, composto por medidas sociodemográficas e escalas psicológicas de avaliação das variáveis de interesse (e.g., ansiedade, estresse, depressão, desesperança, ideação suicida, auto-ódio, probabilidade de desenvolvimento de TEPT e satisfação com a vida), sendo convidados para participarem do estudo por meio de postagens em redes sociais. De modo geral, os resultados demonstraram que, em média, os participantes que sofreram acidente de trânsito e desenvolveram sequelas diferenciaram-se de modo estatisticamente significativo dos que sofreram acidente de trânsito e não desenvolveram sequelas com relação aos níveis de satisfação com a vida, depressão, ideação suicida e probabilidade de desenvolvimento de TEPT. Mais precisamente, observamos que os participantes que não desenvolveram sequelas apresentaram maiores níveis de satisfação com a vida em comparação aos que passaram por AT e desenvolveram sequelas. Contrariamente, os participantes que desenvolveram sequelas apresentaram maiores níveis de depressão, ideação suicida e probabilidade de desenvolvimento de TEPT do que os que passaram por AT e não desenvolveram sequelas. Discutimos esses resultados à luz das implicações teóricas para a Psicologia do Trânsito, assinalando as limitações e direções futuras do presente estudo
Abstract: Traffic accidents (TA) are urban events that can cause damage to the vehicle or injury to people, due to internal and external causes. TA is one of the major public health problems in Brazil and worldwide, due to the high morbidity and mortality rates, the overload on the health system, and the psychosocial impact on victims. In terms of mental health, victims of TA often develop dissociative reactions such as anxiety, stress, depression, hopelessness, suicidal thoughts, and self-hate. However, it is not yet clear whether the development of these mental states is common both in TA victims who developed sequels as a result of this event and in victims who experienced the same traumatic event but did not develop sequels. Thus, the purpose of the present study was to determine whether there are statistically significant differences in the mental health of people who suffered TA and developed sequels (i.e., acquired disabilities) compared with people who underwent TA and did not develop sequels. Specifically, we seek to: a) determine the mental health of traffic accident victims; b) correlate mental health variables associated with the psychological processes of TA victims; and c) compare the mental health of participants who developed permanent sequels as a result of TA with those who did not develop sequels. A total of 42 individuals participated in this study, evenly distributed in terms of gender (ie, 50% men and 50% women), ranging in age from 21 to 56 years (M = 33.30; SD = 8.52). Participants answered an online questionnaire composed of sociodemographic information and psychological scales assessing variables of interest (e.g., anxiety, stress, depression, hopelessness, suicidal ideation, self-hate, and life satisfaction) and were invited to participate in the study via posts on social media. In general, results showed that, on average, people who suffered traffic accident and developed sequels were statistically different of those who suffered traffic accident and had no sequels related to life satisfaction, depression, suicidal thoughts and likelihood of developing PTSD. Precisely, we observed on people who did not develop sequels higher levels of life satisfaction when comparing with the ones who suffered TA and developed sequels. By the opposite, participants who developed sequels showed higher levels of depression, suicidal thoughts and likelihood of developing PTSD than participants who suffered TA without developing sequels. We discuss these findings in light of theoretical implications for traffic psychology and note limitations and future directions for the present study.
Palavras-chave: acidentes de trânsito
vitimização
saúde mental
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Psicologia
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28070
Data do documento: 20-Jun-2023
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