Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30883| Tipo: | Outro |
| Título: | Samuel Duarte |
| Autor(es): | MELLO, José Octávio de Arruda |
| Resumo: | Uma das mais recorrentes interpretações da Revolução de 30 é a da subordinação à classe média. Pouco importa tratar-se de classe média ascendente, como o deseja Hélio Jaguaribe, para quem a fracassada tentativa classe média do início da República, com o florianismo, terminou cristalizada 38 anos depois, ou dos estratos intermediários descendentes, tal como pretendido por Raymundo Faoro. Para este a primazia de segmentos desse último tipo viu-se assimilada pelo integralismo. Intentando esclarecer as origens sociais de 30, que tanto têm dividido os especialistas - a julgar pela multiplicidade de explicações anotadas por Natanael Sarmento (1988, p. 36-74) -, o cientista político paraibano Eduardo Raposo procurou interpretação mais eclética. Para o autor de 1930: seis versões e uma revolução (2006), a chamada Revolução de 30 significou a afirmação de amplo segmento que buscava bitola política fora dos quadros de ferro das oligarquias da República Velha. Datou daí a heterogeneidade do movimento porque, além da emergente classe média das cidades, havia a considerar a participação de frações dissidentes da oligarquia (Epitácio Pessoa, Borges de Medeiros, Olegário Maciel, Assis Brasil e Francisco Morato com o PD paulista): Frente Única gaúcha repartida entre maragatos e positivistas do Bloco Castilhista (Batista Luzardo, Getúlio Vargas, João Neves da Fontoura); jovens liberais oposicionistas (Oswaldo Aranha, Virgílio de Melo Franco, Cris- tiano Machado, José Américo de Almeida); militares de patente intermediária até tenente-coronel (Goés Monteiro, Juarez Távora, Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Juracy Magalhães, Miguel Costa, como coronel da Força Pública paulista, Hercolino Cascardo, os irmãos Lourenço e Felipe Moreira Lima, Mendonça Lima, o capixaba Punaro Bley); escritores e profissionais liberais sugestionados pela questão operária e de reordenação do Estado (Lindolfo Collor, Francisco de Campos, Café Filho, Agamenon Magalhães, Joaquim Pimenta, Pedro Ernesto Batista, Abguar Bastos); industriais como Jorge Street, Carlos e Caio de Lima Cavalcante, os Prados de São Paulo; e lideranças operárias como Agripino Nazareth, Carlos Cavaco, Maurício de Lacerda, João Santa Cruz de Oliveira e Cristiano Cordeiro (MELLO, 1992, p. 84 e 154). |
| Abstract: | One of the most common interpretations of the Revolution of 1930 is that of the subordination of the middle class. It does not matter whether it is a rising middle class, as Hélio Jaguaribe claims, for whom the failed attempt to create a middle class at the beginning of the Republic, with Florianism, ended up crystallized 38 years later, or of the descending intermediate strata, as Raymundo Faoro claims. For him, the primacy of segments of this last type was assimilated by integralism. In an attempt to clarify the social origins of 1930, which have so divided specialists - judging by the multiplicity of explanations noted by Natanael Sarmento (1988, p. 36-74) -, the political scientist from Paraíba Eduardo Raposo sought a more eclectic interpretation. For the author of 1930: six versions and a revolution (2006), the so-called Revolution of 1930 signified the affirmation of a broad segment that sought political control outside the iron framework of the oligarchies of the Old Republic. The heterogeneity of the movement dates from there because, in addition to the emerging middle class of the cities, there was the participation of dissident factions of the oligarchy (Epitácio Pessoa, Borges de Medeiros, Olegário Maciel, Assis Brasil and Francisco Morato with the São Paulo PD): the Gaucho United Front divided between the Maragatos and the positivists of the Castilhista Bloc (Batista Luzardo, Getúlio Vargas, João Neves da Fontoura); young liberal oppositionists (Oswaldo Aranha, Virgílio de Melo Franco, Cristiano Machado, José Américo de Almeida); military personnel of intermediate rank up to lieutenant colonel (Goés Monteiro, Juarez Távora, Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Juracy Magalhães, Miguel Costa, as colonel of the São Paulo Public Force, Hercolino Cascardo, the brothers Lourenço and Felipe Moreira Lima, Mendonça Lima, Punaro Bley from Espírito Santo); writers and liberal professionals inspired by the workers' issue and the reorganization of the State (Lindolfo Collor, Francisco de Campos, Café Filho, Agamenon Magalhães, Joaquim Pimenta, Pedro Ernesto Batista, Abguar Bastos); industrialists such as Jorge Street, Carlos and Caio de Lima Cavalcante, the Prados of São Paulo; and workers' leaders such as Agripino Nazareth, Carlos Cavaco, Maurício de Lacerda, João Santa Cruz de Oliveira and Cristiano Cordeiro (MELLO, 1992, p. 84 and 154). |
| Palavras-chave: | Paraíba Literária Escritores paraibanos |
| CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
| Sigla da Instituição: | UFPB |
| Tipo de Acesso: | Acesso aberto |
| URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30883 |
| Data do documento: | 22-Jul-2024 |
| Aparece nas coleções: | Paraíba Literária |
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| Samuel Duarte.pdf | 58,17 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.
