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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/32343
Tipo: Tese
Título: O amor tudo suporta? o papel dos mitos do amor romântico e do sexismo na invisibilidade do abuso psicológico contra a parceira
Autor(es): Silva, Francicléia Lopes
Primeiro Orientador: Torres, Ana Raquel Rosas
Primeiro Coorientador: Estramiana, José Luis Álvaro
Resumo: O abuso psicológico diferencia-se de outras formas de violência por não deixar marcas visíveis e, por essa razão, às vezes não é percebido como uma violência propriamente dita. Assim, esta tese tem como objetivo geral investigar quais aspectos psicossociais dificultam a percepção do abuso psicológico como um tipo de violência. Hipotetizamos que o sexismo ambivalente, em conjunto com os mitos do amor romântico, seriam crenças que atuariam para dificultar a percepção desse tipo de violência. Além disso, esperamos que a relação dessas variáveis ocorra de maneira diferente no Brasil e na Espanha. Com isso, esta tese foi organizada em três artigos. O Artigo 1, composto por dois estudos, objetivou o desenvolvimento de uma medida para mensurar a percepção do abuso psicológico contra a parceira (EPAPP; N total = 384 participantes). O primeiro estudo comprovou a adequação de um modelo bifatorial do instrumento (Abuso Emocional, também evidenciou a validade convergente do instrumento com a escala de sexismo ambivalente. Já o Artigo 2 tratou-se de um estudo quase-experimental 2x2x2, desenvolvido com população brasileira, e contou com a participação de 214 estudantes universitários. Este artigo objetivou verificar se o sexismo em conjunto com os mitos de amor romântico explicam a percepção do abuso psicológico. Os resultados ilustraram uma interação entre o tipo de abuso e os mitos do romantismo, que exerce uma diminuição na percepção do abuso emocional contra a parceira na EPAPP. Além disso, a alta adesão ao sexismo moderou a percepção do abuso psicológico. O Artigo 3 foi uma replicação do Artigo 2 no contexto espanhol e contou com uma amostra de 211 pessoas da população geral. Os resultados reforçaram as evidências de que o abuso psicológico é menos percebido por pessoas com alta adesão ao sexismo. Os resultados também apontam que o sexismo exerce um poder moderador na relação entre as manipulações experimentais dos mitos de amor romântico e a percepção do abuso psicológico. As diferenças entre os países investigados se concentraram no impacto dos mitos do amor romântico. No Brasil, esses mitos afetaram a percepção do abuso apenas quando combinados com a manipulação do abuso emocional, enquanto na Espanha, afetaram apenas quando associados à moderação do sexismo. Isso destaca a necessidade de intervenções focadas principalmente no sexismo, que tem um efeito direto na percepção do abuso.
Abstract: Psychological abuse differs from other forms of violence because it does not leave visible marks and, for this reason, is sometimes not perceived as violence per se. Thus, this thesis aims to investigate the psychosocial aspects that hinder the perception of psychological abuse as a type of violence. We hypothesize that ambivalent sexism, together with romantic love myths, are beliefs that act to hinder the perception of this type of violence. Additionally, we expect that the relationship between these variables occurs differently in Brazil and Spain. Therefore, this thesis has been organized into three articles. Article 1, composed of two studies, aimed to develop a measure to assess the perception of psychological abuse against partners (EPAPP; total N = 384 participants). The first study confirmed the adequacy of a bifactorial model of the instrument (Emotional Abuse, = 0.91; Control Abuse, = 0.89), which was corroborated in the second study, which also showed convergent validity of the instrument with the ambivalent sexism scale. Article 2 was a quasi-experimental 2x2x2 study, developed with a Brazilian population, and involved the participation of 214 university students. This article aimed to verify if sexism together with romantic love myths explain the perception of psychological abuse. The results illustrated an interaction between the type of abuse and the myths of romanticism, which resulted in a decrease in the perception of emotional abuse against the partner in EPAPP. Additionally, high adherence to sexism moderated the perception of psychological abuse. Article 3 replicated Article 2 in the Spanish context and had a sample of 211 people from the general population. The results reinforced the evidence that psychological abuse is less perceived by people with high adherence to sexism. The results also indicate that sexism has a moderating power in the relationship between experimental manipulations of romantic love myths and the perception of psychological abuse. The differences between the investigated countries focused on the impact of romantic love myths. In Brazil, these myths affected the perception of abuse only when combined with the manipulation of emotional abuse, while in Spain, they affected only when associated with the moderation of sexism. This highlights the need for interventions primarily focused on sexism, which has a direct effect on the perception of abuse.
Palavras-chave: Psicologia social
Abuso psicológico
Sexismo ambivalente
Amor romântico - Mitos
Social psychology
Psychological abuse
Ambivalent sexism
Romantic love - Myths
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Psicologia Social
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/32343
Data do documento: 16-Abr-2024
Aparece nas coleções:Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social

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