Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/33159
Tipo: | TCC |
Título: | ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA SEXUAL EM MULHERES COM ENDOMETRIOSE EM USO DE TERAPIA HORMONAL |
Autor(es): | CARNEIRO, ALINE MACHADO |
Primeiro Orientador: | DOMICIANO, CAROLINA BANDEIRA |
Resumo: | A endometriose é definida pela implantação ectópica de fragmentos de endométrio, com prevalência mundial entre 6% a 10% no total de mulheres na menacme e pode representar até 50% dos casos de dor pélvica crônica ou infertilidade. Regiões pélvicas acometidas podem gerar a dispareunia profunda com alteração do desejo, excitação e resposta sexual. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto da terapia controladora de sintomas na vida sexual e identificar a presença de disfunções sexuais nas pacientes com endometriose do ambulatório de ginecologia do HULW, além de classificar a satisfação sexual após início da terapia hormonal pelo Quociente Sexual – Versão Feminina, analisar a prevalência de disfunções sexuais de acordo com o Manual Estatístico de Doenças Mentais, 5ª Ed. e associar esses transtornos à idade, sintomas e terapia utilizada. Trata-se de um estudo transversal, com aplicação de questionários à 155 mulheres com endometriose atendidas no ambulatório de ginecologia do HULW sobre os sintomas sexuais antes e após seis meses do uso da terapia hormonal. A análise dos dados foi realizada através do software SPSS, com utilização do Teste de Qui-quadrado, Teste Exato de Fisher e Teste de Wilcoxon para verificar associações estatisticamente significativas, adotando um IC = 95%. A média de idade foi de 30,21 anos. O Dienogeste estava em uso por 56,12% das mulheres, seguido dos AHOC, Goserelina e Danazol, usados por 36,12%, 5,16% e 2,58%, respectivamente. O grau médio de dispareunia após seis meses de terapia hormonal caiu de 2,89 para 0,38, o de dismenorreia foi de 4,83 para 0,21 e o grau de dor pélvica crônica foi de 2,11 para 0,04, sendo estatisticamente significante (p < 0,01). Na classificação do QS-F, 51,0% consideraram sua vida sexual nos últimos seis meses como Regular a Bom, 47,7% como Bom a Excelente e 1,3% como Desfavorável a Regular. Do total, 65 mulheres referiram algum transtorno sexual, sendo o Transtorno de Desejo Sexual referido por 20,6%, o Transtorno de Excitação Sexual por 8,4%, Transtorno Sexual Doloroso por 7,7% e o Transtorno do Orgasmo por 5,2%. Os AHOC estavam mais associados ao Transtorno de Excitação (46,2%) e ao Transtorno Sexual Doloroso (58,3%) e o Dienogeste ao Transtorno do Orgasmo (62,5%). O presente estudo revelou melhora estatisticamente significante dos graus álgicos após uso da terapia medicamentosa, evidenciando bom controle sintomatológico ao uso desses métodos, assim como em outros estudos da literatura. As evidências demonstram boa eficácia do Dienogeste antes e após a cirurgia, com vantagens sobre os AHOC. A comunicação ineficiente entre médico e paciente pode interferir na forma de lidar com a dor. Conclui-se que a quantidade reduzida de estudos com essa temática é uma limitação à interpretação desta pesquisa. O receio em falar sobre sexo impõe uma barreia ao acesso de informações precisas. Estimular a produção científica é uma ferramenta para gerar uma melhor assistência às mulheres e envolver os parceiros no tratamento da endometriose pode melhorar a qualidade do apoio fornecido. |
Abstract: | Endometriosis is defined by the ectopic implantation of fragments of the endometrium, with a worldwide prevalence between 6% and 10% of all women in menacme and may represent up to 50% of cases of chronic pelvic pain or infertility. Affected pelvic regions can generate deep dyspareunia with altered desire, arousal, and sexual response. This study aimed to evaluate the impact of symptom-controlling therapy on sexual life and to identify the presence of sexual dysfunctions in patients with endometriosis at the gynecology outpatient clinic of HULW, besides classifying sexual satisfaction after the beginning of hormone therapy by Sexual Quotient - Female Version, analyzing the prevalence of sexual dysfunctions according to the Statistical Manual of Mental Disorders, 5th Ed. and associating these disorders to age, symptoms and therapy used. This is a cross-sectional study, with application of questionnaires to 155 women with endometriosis seen at the gynecology clinic of HULW about sexual symptoms before and after six months of hormone therapy use. Data analysis was performed using SPSS software, with use of the Chi-square Test, Fisher's Exact Test and Wilcoxon's Test to verify statistically significant associations, adopting a CI = 95%. The mean age was 30.21 years. Dienogest was in use by 56.12% of women, followed by AHOC, Goserelin and Danazol, used by 36.12%, 5.16% and 2.58%, respectively. The mean degree of dyspareunia after six months of hormone therapy dropped from 2.89 to 0.38, that of dysmenorrhea was 4.83 to 0.21, and the degree of chronic pelvic pain was 2.11 to 0.04, being statistically significant (p < 0.01). In the QS-F classification, 51.0% considered their sexual life in the last six months as Fair to Good, 47.7% as Good to Excellent, and 1.3% as Poor to Fair. Of the total, 65 women reported some sexual disorder, with Sexual Desire Disorder being reported by 20.6%, Sexual Arousal Disorder by 8.4%, Painful Sexual Disorder by 7.7%, and Orgasm Disorder by 5.2%. AHOCs were more associated with Excitation Disorder (46.2%) and Painful Sexual Disorder (58.3%) and Dienogest with Orgasm Disorder (62.5%). The present study showed statistically significant improvement in pain degrees after the use of drug therapy, evidencing good symptomatic control when using these methods, as well as in other studies in the literature. Evidence shows good efficacy of Dienogest before and after surgery, with advantages over AHOCs. Ineffective communication between physician and patient may interfere with pain management. We conclude that the small number of studies on this theme is a limitation to the interpretation of this research. The fear of talking about sex imposes a barrier to the access of accurate information. Stimulating scientific production is a tool to generate better assistance to women, and involving partners in the treatment of endometriosis can improve the quality of the support provided. |
Palavras-chave: | Endometriose Terapia hormonal Função sexual Transtornos sexuais |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
Sigla da Instituição: | UFPB |
Departamento: | Medicina |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
URI: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/33159 |
Data do documento: | 23-Jul-2023 |
Aparece nas coleções: | TCC - Medicina |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
ALINE MACHADO CARNEIRO - TCC.pdf | 649,63 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciada sob uma
Licença Creative Commons