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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/34034
Tipo: Tese
Título: Perfil nutricional e bioativo de subprodutos do processamento de acerola e goiaba fermentados espontaneamente e suas farinhas
Autor(es): Oliveira, Sabrina Duarte de
Primeiro Orientador: Souza, Antônia Lúcia de
Resumo: Investigamos com a presente pesquisa a fermentação espontânea de subprodutos do processamento de acerola (Malpighia emarginata D.C., ACE) e goiaba (Psidium guajava L., GUA) a uma temperatura de 37 °C, a 200 rpm, por 120 horas avaliando alterações no perfil de compostos bioativos durante a fermentação. Além disso, elaboramos uma farinha a partir desses subprodutos fermentados por 48 horas nas condições já citadas. Antes da fermentação, realizaram-se análises da caracterização físico-química dos subprodutos in natura da acerola e goiaba. Nos intervalos de zero, 8, 24, 48, 72 e 120 horas de fermentação foi realizada a contagem de células viáveis. Os parâmetros físico-químicos, conteúdo de compostos bioativos (perfil de fenólicos e fenólicos totais, carotenóides totais, flavonóides e vitamina C) e atividade antioxidante (FRAP e ABTS) foram avaliados nos tempos zero, 48 e 120 horas de fermentação. As farinhas dos subprodutos de acerola e goiaba fermentadas por 48 horas (ACES e GUAS, respectivamente), bem como as farinhas de acerola e goiaba in natura (ACE e GUA, respectivamente) foram avaliadas quanto as suas características físico-químicas, fibras dietéticas, perfil de compostos bioativos (compostos fenólicos, açúcares e ácidos orgânicos) e composição elementar. Houve um aumento significativo (p≤0,05) na contagem de células viáveis em ACE e GUA em 24 h de fermentação, sendo que as maiores contagens de células viáveis (p≤0,05) foram observadas após 24 h para GUA (8,9 log UFC/mL) e após 48 h para ACE. Houve diminuição no conteúdo de sólidos solúveis totais, aumento da acidez titulável e do conteúdo de ácido lático, e redução do pH, para os subprodutos fermentados, bem como para ACES e GUAS (p≤0,05). Quanto aos parâmetros de colorimetria dos subprodutos fermentados, houve aumento da luminosidade e redução do contraste ao longo da fermentação, e os tratamentos apresentaram uma tonalidade tendendo a ir do vermelho para vermelho-amarelado durante este período (p≤0,05). Enquanto que para as farinhas, ACES apresentou um aumento de luminosidade, enquanto que GUAS demonstrou um aumento no contraste. O conteúdo de ácido ascórbico foi maior no tempo zero da fermentação para ACE; no entanto, esse valor reduziu durante a fermentação (p≤0,05). Enquanto para GUA, o conteúdo de ácido áscorbico aumentou com a fermentação (p≤0,05). A fermentação contribuiu com o aumento do conteúdo de flavonóides e fenólicos totais nos subprodutos fermentados, o que possivelmente favoreceu a maior atividade antioxidante observada em todos os momentos da fermentação, principalmente para ACE. O teor de fibras insolúveis foi superior ao de fibras solúveis nas farinhas fermentadas. O potássio foi o mineral predominante encontrado em todas as farinhas, seguido do magnésio e manganês e o conteúdo de ferro e zinco aumentaram após a fermentação. As concentrações de frutose e glicose diminuíram nas farinhas fermentadas ao mesmo tempo em que houve aumento dos ácidos orgânicos. O ácido gálico foi o composto fenólico encontrado em maior quantidade nas farinhas de acerola e a hesperidina foi a flavona encontrada em maior quantidade nas farinhas de goiaba. Os resultados indicam que a fermentação natural de subprodutos do processamento de acerola e goiaba, bem como a farinha obtida desses subprodutos fermentados, favorece o aumento do conteúdo de compostos bioativos e da atividade antioxidante, indicando que esse processo é uma alternativa para agregar multifuncionalidade aos subprodutos de frutas, além do seu potencial para promoção de saúde e de trazer benefícios ao meio ambiente.
Abstract: With this research, we investigated the spontaneous fermentation of by-products from the processing of acerola (Malpighia emarginata D.C., ACE) and guava (Psidium guajava L., GUA) at a temperature of 37 °C, at 200 rpm, for 120 hours, evaluating changes in the profile of bioactive compounds during fermentation. Furthermore, we prepare a flour from these by-products fermented for 48 hours under the conditions already mentioned. Before fermentation, physical-chemical characterization analyses of the acerola and guava by-products in natura were carried out. At intervals of zero, 8, 24, 48, 72 and 120 hours of fermentation, viable cell counts were performed. The physicochemical parameters, content of bioactive compounds (phenolic profile and total phenolics, total carotenoids, flavonoids and vitamin C) and antioxidant activity (FRAP and ABTS) were evaluated at times zero, 48 and 120 hours of fermentation. Flours from acerola and guava byproducts fermented for 48 hours (ACES and GUAS, respectively), as well in natura acerola and guava flours (ACE and GUA, respectively) were evaluated for their physicochemical characteristics, dietary fiber, profile of bioactive compounds (phenolic compounds, sugars and organic acids) and elemental composition. There was a significant increase (p≤0.05) in the viable cell count in ACE and GUA in 24 h of fermentation, with the highest viable cell counts (p≤0.05) being observed after 24 h for GUA (8 .9 log CFU/mL) and after 48 h for ACE. There was a decrease in the content of total soluble solids, an increase in titratable acidity and lactic acid content, and a reduction in pH, for fermented by-products, as well as for ACES and GUAS (p≤0.05). Regarding the colorimetry parameters of the fermented by-products, there was an increase in luminosity and a reduction in contrast throughout fermentation, and the treatments presented a tone tending to go from red to yellowish-red during this period (p≤0.05), while for flours, ACES had an increase in brightness, while GUAS had an increase in contrast. The ascorbic acid content was higher at zero fermentation time for ACE; however, this value reduced during fermentation (p≤0.05), for GUA, the ascorbic acid content increased with fermentation (p≤0.05). Fermentation contributed to an increase in the content of flavonoids and total phenolics in the fermented by-products, which possibly favored the greater antioxidant activity observed at all times of fermentation, especially for ACE. The insoluble fiber content was higher than the soluble fiber content in fermented flours. Potassium was the predominant mineral found in all flours, followed by magnesium and manganese, the iron and zinc content increased after fermentation. The concentrations of fructose and glucose decreased in fermented flours at the same time as there was an increase in organic acids. Gallic acid was the phenolic compound found in greatest quantity in acerola flour and hesperidin was the flavone found in greatest quantity in guava flour. The results indicate that the natural fermentation of by-products from the processing of acerola and guava, as well as the flour obtained from these fermented by-products, favors an increase in the content of bioactive compounds and antioxidant activity, indicating that this process is an alternative to add multifunctionality to by-products fruit, in addition to its potential to promote health and bring benefits to the environment.
Palavras-chave: Subprodutos de frutas
Bioprocesso
Fermentação
Fruit by-products
Bioprocess
Natural fermentation
Bioactive compounds
CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::CIENCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Engenharia de Alimentos
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/34034
Data do documento: 27-Mar-2024
Aparece nas coleções:Centro de Tecnologia (CT) - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos

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