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https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/34276
Tipo: | Tese |
Título: | O potencial educativo e socializador das cartas nas prisões a partir da escrita de si, do outro e de nós |
Autor(es): | Araújo, José Douglas de Abreu |
Primeiro Orientador: | Prestes, Emília Maria da Trindade |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo analisar o potencial pedagógico e socializador da escrita e leitura de cartas trocadas entre público em prisões e fora delas. Baseado nas vivências do projeto de extensão “Entre nós: cartas, palavras e conversas”, vinculado à Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e à Universidade Federal do Norte de Tocantins (UFNT), que promoveu comunicação e reflexão entre as pessoas privadas de liberdade e a sociedade externa, a pesquisa partiu do seguinte questionamento: qual o potencial educativo e socializador da escrita e da leitura de cartas trocadas entre pessoas dentro e fora da prisão? A metodologia utilizada foi fundamentada na abordagem qualitativa, valendo-se da pesquisa participante, cujos dados foram gerados tanto pela pesquisa documental quanto pela realização de entrevistas reflexivas com os dois coordenadores do projeto de extensão. Também foram utilizadas as anotações do caderno de campo, com reflexões autobiográficas sobre a minha atuação como pesquisador deste projeto em contextos prisionais. A análise dos dados ocorreu por meio de categorias a priori, para compreender a construção de uma metodologia educativa baseada no uso de carta. A fundamentação teórica discute sobre a prisão e sociedade, educação e experiência, educação popular, educação para liberdade, educação nas prisões, Direitos Humanos e Educação, leitura e escrita, cartas pedagógicas e escrita de si. Os principais desafios dessa prática educativa incluíram dificuldades estruturais e logísticas decorrentes da dinâmica prisional. A falta de compromisso de alguns participantes, tanto dentro quanto fora da prisão, comprometeu a qualidade das trocas, gerando cartas muitas vezes superficiais e sem profundidade, o que causou frustrações, especialmente entre os presos, para quem as cartas desempenharam um papel significativo. A ideia central sustentada é que a escrita e leitura de cartas em prisão, como prática de comunicação e interação, possuem um potencial educativo e socializador, tendo em vista que através delas pessoas em situação de privação de liberdade e pessoas extramuros podem mobilizar conhecimentos, compartilhar suas histórias de vida e suas concepções sobre o mundo aproximando diferentes realidades, e entendimento crítico e reflexivo do eu, do outro e do nós. |
Abstract: | This study aimed to analyze the educational and socializing potential of writing and reading letters exchanged between people in and outside prisons. Based on the experiences of the extension project “Entre nós: letras, palavras e conversas” (Between us: letters, words and conversations), linked to the Federal University of Paraíba (UFPB) and the Federal University of Northern Tocantins (UFNT), which promoted communication and reflection between people deprived of liberty and the outside society, the research started from the following question: what is the educational and socializing potential of writing and reading letters exchanged between people inside and outside prison? The methodology used was based on the qualitative approach, using participatory research, whose data were generated both by documentary research and by conducting reflective interviews with the two coordinators of the extension project. Notes from the field notebook were also used, with autobiographical reflections on my work as a researcher for this project in prison contexts. Data analysis was carried out through a priori categories, to understand the construction of an educational methodology based on the use of letters. The theoretical basis discusses prison and society, education and experience, popular education, education for freedom, education in prisons, Human Rights and Education, reading and writing, pedagogical letters and writing about oneself. The main challenges of this educational practice included structural and logistical difficulties arising from prison dynamics. The lack of commitment of some participants, both inside and outside prison, compromised the quality of the exchanges, generating letters that were often superficial and lacking in depth, which caused frustration, especially among prisoners, for whom the letters played a significant role. The central idea supported is that writing and reading letters in prison, as a practice of communication and interaction, has an educational and socializing potential, given that through them people in situations of deprivation of liberty and people outside prison walls can mobilize knowledge, share their life stories and their conceptions of the world, bringing different realities closer together, and critically and reflectively understanding the self, the other and the us. Resumen Este estudio tuvo como objetivo analizar el potencial pedagógico y socializador de la escritura y lectura de cartas intercambiadas entre el público dentro y fuera de las prisiones. Basado en las experiencias del proyecto de extensión “Entre nosotros: cartas, palabras y conversaciones”, vinculado a la Universidad Federal de Paraíba (UFPB) y la Universidad Federal del Norte de Tocantins (UFNT), que promovió la comunicación y la reflexión entre personas desfavorecidas de su libertad y sociedad externa, la investigación se basó en la siguiente pregunta: ¿cuál es el potencial educativo y socializador de escribir y leer cartas intercambiadas entre personas dentro y fuera de la prisión? La metodología utilizada se basó en un enfoque cualitativo, utilizando la investigación participativa, cuyos datos se generaron tanto a través de la investigación documental como a través de entrevistas reflexivas a los dos coordinadores del proyecto de extensión. También se utilizaron apuntes del cuaderno de campo, con reflexiones autobiográficas sobre mi rol como investigador de este proyecto en contextos penitenciarios. El análisis de los datos ocurrió a través de categorías a priori, para comprender la construcción de una metodología educativa basada en el uso de las letras. La fundamentación teórica analiza prisión y sociedad, educación y experiencia, educación popular, educación para la libertad, educación en las cárceles, Derechos Humanos y Educación, lectura y escritura, cartas pedagógicas y autoescritura. Los principales desafíos de esta práctica educativa incluyeron dificultades estructurales y logísticas derivadas de la dinámica carcelaria. La falta de compromiso de algunos participantes, tanto dentro como fuera de la prisión, comprometió la calidad de los intercambios, generando cartas a menudo superficiales y carentes de profundidad, lo que provocó frustración, especialmente entre los presos, para quienes las cartas jugaron un papel importante. La idea central sustentada es que escribir y leer cartas en prisión, como práctica de comunicación e interacción, tiene un potencial educativo y socializador, considerando que a través de ellas personas privadas de libertad y personas fuera de prisión pueden movilizar conocimientos, compartir sus historias de vida y sus concepciones del mundo, acercando diferentes realidades, y una comprensión crítica y reflexiva de uno mismo, del otro y de nosotros. |
Palavras-chave: | Educação em prisões Cartas - Leituras e escritas Extensão universitária Education in prisons Letters Readings and writings University extension Educación en las Prisiones Letras Lecturas y escritos Extención universitária |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
Sigla da Instituição: | UFPB |
Departamento: | Educação |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Educação |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
URI: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/34276 |
Data do documento: | 18-Set-2024 |
Aparece nas coleções: | Centro de Educação (CE) - Programa de Pós-Graduação em Educação |
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