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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/34871
Tipo: Tese
Título: Modelo explicativo da exclusão social do doente mental baseado nas crenças, preconceito, percepção de ameaça, curabilidade e responsabilização
Autor(es): Silva, Giselli Lucy Souza
Primeiro Orientador: Maciel, Silvana Carneiro
Primeiro Coorientador: Pereira, Cícero Roberto
Resumo: Ainda são poucos os estudos que propõe um modelo explicativo da exclusão social dos doentes mentais. Diante disto, esta tese tem como objetivo principal propôr um modelo explicativo da exclusão social do doente mental baseado nas crenças causais da doença mental, no preconceito, na percepção de ameaça na curabilidade e responsabililzação. Para atingir o objetivo geral, esta tese apresenta uma sequência de estudos multimétodos, estruturada em um artigo teórico e três empíricos. O primeiro artigo compreende uma revisão da literatura articulando os diversos arcabouços teóricos que dão sustentáculo a tese. O segundo artigo, de abordagem mista, buscou identificar o nível de preconceito frente aos doentes mentais e analisar as justificativas apresentadas para aceitação/rejeição as situações de contato. Participaram 171 universitários, que responderam a Escala de Preconceito frente ao Doente Mental e justificaram suas respostas aos itens do instrumento. Foram realizadas estatísticas descritivas com o auxílio do SPSS e Análise de Conteúdo Temática proposta por Bardin. Os resultados demonstraram que persiste o preconceito contra o doente mental, revelado pelo distanciamento das relações sociais justificada pela percepção de ameaça. O terceiro artigo, correlacional, analisa as relações entre as crenças causais sobre a doença mental, a percepção de ameaça e o preconceito. Universitários (N = 323) responderam a Escala de Crenças Sobre a Doença Mental, Escala de Preconceito, Escala de Percepção de ameaça frente ao Doente Mental e um questionário biossociodemográfico. Os dados apontaram correlação significativa entre todos os construtos. A percepção de ameaça, no fator periculosidade, foi predita pelo preconceito e pelas crenças religiosas. O fator imprevisibilidade foi explicado pelo preconceito e pelas crenças causais: drogas, religiosas e contingenciais. Os resultados são consonantes com as justificativas apresentadas pelos participantes no segundo artigo. O quarto artigo, está dividido em duas análises: A Análise 1, experimental (N = 413), analisou a influência das crenças causais da doença mental, preconceito, percepção de ameaça, curabilidade e responsabilização no processo de exclusão social. O estudo apresenta uma vinheta que relata o adoecimento mental de um homem. Na história apresentada foram manipulados o tipo de crença causal (biológica, psicológica, religiosa, uso de drogas e grupo controle) e a curabilidade (curável x incurável). Os participantes também responderam a uma medida de atribuição responsabilização do doente mental. Os resultados mostraram efeito significativo das crenças sobre a exclusão (crença religiosa gera maior exclusão), percepção de ameaça e responsabilização (crença no uso de drogas gera maior responsabilização). A crença na incurabilidade da doença mental mostrou efeito significativo para exclusão e percepção de ameaça. A Análise 2 (N = 413) buscou dimensionar o efeito dos construtos propondo um modelo de mediação moderadora estatisticamente significativo. Análises de regressão demonstraram que para que o preconceito produza exclusão é necessária a mediação da percepção de ameaça . Os resultados também indicam que o preconceito é moderado pelas crenças causais e moderado pela curabilidade e responsabilização, oferecendo então suporte ao processo de exclusão social. Desarte, as implicações desses resultados devem ser considerados como uma contribuição para compreender o preconceito destinado ao doente mental, bem como servir de suporte para formulação de estratégias para reduzir o preconceito e a exclusão social.
Abstract: There are still few studies that propose an explanatory model for the social exclusion of the mentally ill. In view of this, this thesis has as main objective to propose an explanatory model of the social exclusion of the mentally ill based on the causal beliefs of mental illness, on prejudice, on the perception of threat in curability and accountability. To achieve the general objective, this thesis presents a sequence of multimethodic studies, structured in a theoretical article and three empirical ones. The first article comprises a literature review articulating the various theoretical frameworks that support the thesis. The second article, with a mixed approach, sought to identify the level of prejudice vis-à-vis the mentally ill and analyze the justifications presented for acceptance / rejection of contact situations. 171 university students participated, who responded to the Prejudice Scale against the Mentally Ill and justified their responses to the instrument's items. Descriptive statistics were performed with the help of SPSS and Thematic Content Analysis proposed by Bardin. The results showed that prejudice against the mentally ill persists, revealed by the distance from social relations justified by the perception of threat. The third article, correlational, analyzes the relationships between causal beliefs about mental illness, perception of threat and prejudice. University students (N = 323) answered the Scale of Beliefs about Mental Illness, Scale of Prejudice, Scale of Perception of threat to the Mentally Ill and a biosociodemographic questionnaire. The data showed a significant correlation between all constructs. The perception of threat, in the dangerousness factor, was predicted by prejudice and religious beliefs. The unpredictability factor was explained by prejudice and causal beliefs: drugs, religious and contingency. The results are in line with the justifications presented by the participants in the second article. The fourth article is divided into two analyzes:Analysis 1, experimental (N = 413), analyzed the influence of the causal beliefs of mental illness, prejudice, perceived threat, curability and accountability in the process of social exclusion. The study features a vignette that reports a man's mental illness. In the history presented, the type of causal belief (biological, psychological, religious, drug use and control group) and curability (curable vs. incurable) were manipulated. Participants also responded to a measure of attributing accountability to the mentally ill. The results showed a significant effect of beliefs on exclusion (religious belief generates greater exclusion), perceived threat and accountability (belief in drug use generates greater accountability). The belief in the incurability of mental illness showed a significant effect for exclusion and perceived threat. Analysis 2 (N = 413) sought to measure the effect of the constructs by proposing a statistically significant moderating mediation model. Regression analyzes showed that for prejudice to produce exclusion, it is necessary to mediate the perception of threat. The results also indicate that prejudice is moderated by causal beliefs and moderated by curability and accountability, thus offering support to the process of social exclusion. Therefore, the implications of these results should be considered as a contribution to understand the prejudice aimed at the mentally ill, as well as to support the formulation of strategies to reduce prejudice and social exclusion.
RESUMEN Todavía hay pocos estudios que propongan un modelo explicativo para la exclusión social de los enfermos mentales. En vista de esto, esta tesis tiene como objetivo principal proponer un modelo explicativo de la exclusión social de los enfermos mentales basado en las creencias causales de la enfermedad mental, en los prejuicios, en la percepción de amenaza en la curabilidad y la responsabilidad. Para lograr el objetivo general, esta tesis presenta una secuencia de estudios multimetodológicos, estructurados en un artículo teórico y tres empíricos. El primer artículo comprende una revisión de la literatura que articula los diversos marcos teóricos que respaldan la tesis. El segundo artículo, con un enfoque mixto, buscó identificar el nivel de prejuicio hacia los pacientes mentales y analizar las justificaciones presentadas para la aceptación / rechazo de situaciones de contacto. Participaron 171 estudiantes universitarios, quienes respondieron a la Escala de prejuicios contra los enfermos mentales y justificaron sus respuestas a los ítems del instrumento. Las estadísticas descriptivas se realizaron con la ayuda de SPSS y el análisis de contenido temático propuesto por Bardin. Los resultados mostraron que persiste el prejuicio contra los enfermos mentales, revelado por la distancia de las relaciones sociales justificada por la percepción de amenaza. El tercer artículo, correlacional, analiza las relaciones entre las creencias causales sobre la enfermedad mental, la percepción de amenaza y prejuicio. Los estudiantes universitarios (N = 323) respondieron a la Escala de creencias sobre la enfermedad mental, la escala de prejuicios, la escala de percepción de la amenaza a los enfermos mentales y un cuestionario biosociodemográfico. Los datos mostraron una correlación significativa entre todas las construcciones. La percepción de amenaza, en el factor de peligrosidad, fue predicha por prejuicios y creencias religiosas. El factor de imprevisibilidad se explicaba por los prejuicios y las creencias causales: drogas, religión y contingencia. Los resultados están en línea con las justificaciones presentadas por los participantes en el segundo artículo. El cuarto artículo se divide en dos análisis: Análisis 1, experimental (N = 413), analizó la influencia de las creencias causales de enfermedad mental, prejuicio, percepción de amenaza, curabilidad y responsabilidad en el proceso de exclusión social. El estudio presenta una viñeta que informa sobre la enfermedad mental de un hombre. En la historia presentada, se manipuló el tipo de creencia causal (grupo biológico, psicológico, religioso, uso de drogas y control) y curabilidad (curable versus incurable). Los participantes también respondieron a una medida de atribuir responsabilidad a los enfermos mentales. Los resultados mostraron un efecto significativo de las creencias sobre la exclusión (la creencia religiosa genera una mayor exclusión), la amenaza percibida y la responsabilidad (la creencia en el consumo de drogas genera una mayor responsabilidad). La creencia en la incurabilidad de la enfermedad mental mostró un efecto significativo para la exclusión y la amenaza percibida. El análisis 2 (N = 413) buscó medir el efecto de los constructos al proponer un modelo de mediación moderadora estadísticamente significativo. Los análisis de regresión mostraron que para que el prejuicio produzca exclusión, es necesario mediar en la percepción de amenaza. Los resultados también indican que el prejuicio es moderado por las creencias causales y moderado por la curabilidad y la rendición de cuentas, lo que ofrece apoyo al proceso de exclusión social. Las implicaciones de estos resultados deben considerarse como una contribución a la comprensión del prejuicio dirigido a los enfermos mentales, así como también como un apoyo para la formulación de estrategias para reducir los prejuicios y la exclusión social.
Palavras-chave: Doente mental - Exclusão social
Doente mental - Preconceito
Doente mental - Percepção de ameaça
Social exclusion
Preconception
Perception of threat
Brain sick
Exclusión social
Preconcepción
Percepción de amenaza
Cerebro enfermo
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Psicologia Social
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/34871
Data do documento: 31-Mar-2020
Aparece nas coleções:Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social

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