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https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/35862| Tipo: | Tese |
| Título: | Evolução da mortalidade materna no Brasil: uma análise comparativa de séries temporais |
| Autor(es): | Freitas, Carla Carolina da Silva Leite |
| Primeiro Orientador: | Sampaio, Juliana |
| Segundo Orientador: | Lima Filho, Luiz Medeiros de Araújo |
| Resumo: | A mortalidade materna (MM) no Brasil exige múltiplas estratégias de enfrentamento. Este indicador é altamente sensível à qualidade dos serviços de saúde e às condições econômicas e sociais. Sua incidência é calculada a partir da Razão de Mortalidade Materna (RMM), que compreende o número de óbitos maternos e nascidos vivos. Os registros são consolidados por meio da declaração de óbito no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), fornecendo subsídios para gestores e profissionais da saúde nas tomadas de decisão. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo analisar os dados nacionais relativos à MM no período de 1996 a 2022, dividindo o recorte temporal em duas fases: antes e durante a pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo qualiquantitativo, ecológico, observacional, retrospectivo, descritivo, transversal e analítico, que analisa os dados de MM por regiões. A coleta foi realizada nas plataformas do DataSUS, abrangendo informações relacionadas ao indicador, com foco no perfil e na incidência dos casos. As análises partiram de uma triangulação de métodos, pesquisa documental, séries temporais e revisão integrativa. A análise do banco de dados utilizou o programa RStudio, o que permitiu modelar as tendências e gerar previsões, os testes estatísticos aplicados foram o KPSS de estacionaridade e Kruskal-Wallis de sazonalidade, visando compreender as características da série. O nível de significância adotado nos testes de hipóteses foi de 5%. A revisão integrativa contou com quatro etapas de seleção o que gerou 17 artigos para análises. Os resultados evidenciaram que embora o Brasil tenha apresentado avanços na redução das taxas ao longo das últimas décadas, com a implementação de estratégias de enfrentamento, o impacto da pandemia de COVID-19 causou um retrocesso significativo, exacerbando desigualdades regionais e aumentando os óbitos maternos, especialmente em áreas mais vulneráveis. A análise dos dados, 1996 a 2022, indicou uma clara variação nas taxas de MM entre as regiões, com destaque para o aumento de óbitos nas regiões Norte e Nordeste, relacionadas a deficiências na infraestrutura de saúde e acesso a serviços de qualidade. O estudo também mostrou que fatores como a falta de capacitação profissional, a escassez de recursos e a sobrecarga do sistema de saúde durante a pandemia contribuíram para o agravamento das condições de risco, como hemorragias e complicações obstétricas. Além disso, foi identificado que a implementação de modelos de decisão regionalizados, com foco nas especificidades locais, poderia potencialmente reduzir a MM, melhorando a resposta dos sistemas de saúde às necessidades de gestantes em diferentes contextos. Em conclusão, a MM continua a ser um importante indicador de saúde pública, refletindo as desigualdades sociais, econômicas e de acesso à saúde em diferentes regiões do Brasil. Apesar dos avanços na assistência obstétrica ao longo das últimas décadas, a pandemia de COVID-19 expôs e agravou fragilidades no sistema de saúde, resultando em um aumento expressivo da MM, especialmente em regiões mais vulneráveis. Ao analisar as variáveis associadas aos óbitos maternos e as respostas das políticas de saúde, espera-se proporcionar informações para o enfrentamento dessa questão e, assim, contribuir para a redução das disparidades no acesso à assistência e melhorar os desfechos maternos no país. |
| Abstract: | Maternal mortality (MM) in Brazil requires multiple strategies for addressing it. This indicator is highly sensitive to the quality of healthcare services and the economic and social conditions. Its incidence is calculated from the Maternal Mortality Ratio (MMR), which includes the number of maternal deaths and live births. The records are consolidated through death certificates in the Mortality Information System (SIM), providing data for health managers and professionals to make informed decisions. In this context, the present study aims to analyze national MM data from 1996 to 2022, dividing the time frame into two phases: before and during the COVID-19 pandemic. This is a qualitative and quantitative, ecological, observational, retrospective, descriptive, cross-sectional, and analytical study that examines MM data by region. Data collection was conducted using the DataSUS platforms, covering information related to the indicator, with a focus on the profile and incidence of cases. The analyses were based on a triangulation of methods: document research, time series analysis, and integrative review. The data analysis used the RStudio program, allowing the modeling of trends and generating forecasts. The statistical tests applied were the KPSS test for stationarity and the Kruskal-Wallis test for seasonality, aiming to understand the characteristics of the series. The significance level adopted for hypothesis testing was 5%. The integrative review included four selection stages, resulting in 17 articles for analysis. The results showed that although Brazil had made progress in reducing maternal mortality rates over the past decades through the implementation of coping strategies, the impact of the COVID-19 pandemic caused a significant setback, exacerbating regional inequalities and increasing maternal deaths, especially in more vulnerable areas. The analysis of data from 1996 to 2022 indicated a clear variation in MM rates between regions, with a notable increase in deaths in the North and Northeast regions, related to deficiencies in healthcare infrastructure and access to quality services. The study also showed that factors such as the lack of professional training, resource scarcity, and healthcare system overload during the pandemic contributed to the worsening of risk conditions such as hemorrhages and obstetric complications. Furthermore, it was identified that the implementation of regionalized decision models, focusing on local specificities, could potentially reduce MM by improving healthcare system responses to the needs of pregnant individuals in different contexts. In conclusion, MM continues to be an important public health indicator, reflecting social, economic, and healthcare access inequalities in different regions of Brazil. Despite advancements in obstetric care over the past decades, the COVID-19 pandemic exposed and exacerbated weaknesses in the healthcare system, resulting in a significant increase in MM, especially in more vulnerable regions. By analyzing the variables associated with maternal deaths and the responses of health policies, it is expected to provide information for addressing this issue and thus contribute to reducing disparities in access to care and improving maternal outcomes in the country. |
| Palavras-chave: | Mortalidade materna Sistemas de informação em saúde Saúde pública Maternal mortality Health information systems Public health |
| CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
| Sigla da Instituição: | UFPB |
| Departamento: | Ciências Exatas e da Saúde |
| Programa: | Programa de Pós-Graduação em Modelos de Decisão e Saúde |
| Tipo de Acesso: | Acesso aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
| URI: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
| URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/35862 |
| Data do documento: | 24-Fev-2025 |
| Aparece nas coleções: | Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) - Programa de Pós-Graduação em Modelos de Decisão e Saúde |
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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