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https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/35976
Tipo: | Dissertação |
Título: | Tempo de viabilidade da saliva em meio externo para fins de extração e quantificação de DNA |
Autor(es): | Medeiros, Isabella Pontes de |
Primeiro Orientador: | Santiago, Bianca Marques |
Resumo: | A análise do material genético desempenha um papel crucial nas investigações forenses, especialmente na identificação humana. A saliva tem se destacado como uma alternativa viável e promissora. Nesse sentido, está dissertação foi organizada em capítulos que se referem a artigos elaborados durante o curso de mestrado. O primeiro capítulo apresenta, por meio de um artigo de revisão de escopo publicado na Revista Brasileira de Odontologia Legal (RBOL), o estado da arte da temática. Com o objetivo de mapear o tempo de viabilidade da saliva humana em meio externo para fins de extração e quantificação de DNA, a revisão foi desenvolvida seguindo o protocolo do Joanna Briggs Institute e, previamente registrada na plataforma do Open Sceince Framework (doi: 10.17605/OSF.IO/PN9ET), com buscas realizadas nas seguintes bases: Pubmed, Web of Science, Scopus, LILACS, Cochrane e Google Scholar, sem restrições sobre período de publicação ou idioma. Após a screening inicial dos 283 estudos identificados, seguida de leitura na íntegra para confirmação dos critérios de elegiblidade, foram inclusos 6 estudos na revisão. Bitucas de cigarro, próteses dentárias, pastilhas de compressão dentária, cavidade oral e cartões de FTA foram os substratos descritos como fonte de saliva coletada. A viabilidade do DNA foi verificada em tempos que variaram de 1 dia a 11 anos. Verificou-se que o protocolo de coleta e armazenamento das amostras é um fator que pode influenciar a quantidade e qualidade do material examinado, todavia, observou-se DNA viável em análise realizada uma década após a coleta da saliva e esse foi o tempo máximo de acompanhamento relatado nos estudos. No segundo capítulo, é apresentado um artigo de pesquisa laboratorial, que investigou o tempo de viabilidade do DNA extraído da saliva humana quando exposta a ambiente externo, com o objetivo de avaliar seu potencial para identificação humana. O estudo contou com a participação de 10 voluntários adultos e saudáveis. Os participantes mascaram um sialagogo durante 3 minutos e, em seguida, expeliram suas salivas em tubos Falcon estéreis. As amostras foram expostas ao ambiente e analisadas em cinco períodos distintos: 0, 7, 15, 30 e 60 dias. Posteriormente, respeitando o tempo de análise de cada grupo, as amostras de saliva foram imersas em 800 μL de TRlzol™ Reagent, uma solução empregada para a extração de DNA. Em seguida, foram centrifugadas, e criopreservadas a -20°C. Na fase seguinte, após a extração de fases, as substâncias amostrais em fase aquosa, que contém moléculas de DNA, foram recuperadas e transferidas para novos microtubos, sendo agregado com álcool para precipitar as moléculas de DNA após nova centrifugação. Aos tubos contendo amostras sem solução visível, foram adicionados 50 μL de água ultrapura, e depois 8 μL de cada amostra foram retirados e acrescentados com 10 μL de mastermix e 2 μL de primer B-actin gene. A seguir, a quantidade do material genético foi avaliada utilizando um termociclador para verificar a emissão de fluorescência, PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real. Após a coleta do resultado relativo, os dados foram analisados estatisticamente no software Jamovi (versão 2.3.21), adotando nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram uma perda de aproximadamente 20% na quantidade de DNA, perda essa que se manteve consistente em todas as análises a partir do 7° dia. As variações nos valores de DNA quantificável nos diferentes grupos (tempo) não demonstraram diferença estatisticamente significante (ANOVA para medidas repetidas; p = 0,475). Os resultados indicam que a saliva exposta por 60 dias ao meio externo ainda é viável para fins de identificação humana. Pode-se concluir que os dois artigos se complementam, visto que o primeiro artigo demonstra o que se sabe sobre o tema e as lacunas do conhecimento na temática, a falta de um protocolo específico de coleta e armazenamento da saliva, bem como a definição do tempo limite máximo em que a saliva deixa de ser viável. E o segundo artigo explora essa última lacuna ao desenvolver uma pesquisa experimental que demonstra que a saliva é um substrato viável para identificação humana mesmo após a sua exposição ao meio durante 60 dias. Este estudo consolida a saliva como um material genético confiável para análises forenses, reforçando sua estabilidade e viabilidade mesmo após longos períodos de exposição ambiental, o que amplia seu potencial de aplicação na identificação humana e na resolução de investigações criminais. |
Abstract: | The analysis of genetic material plays a crucial role in forensic investigations, especially in human identification. Saliva has emerged as a viable and promising alternative. In this sense, this dissertation is organized into chapters that refer to articles developed during the master's course. The first chapter presents, through a scope review article published in the Brazilian Journal of Forensic Odontology (RBOL), the state of the art on the topic. Aiming to map the viability time of human saliva in an external environment for DNA extraction and quantification, the review was developed following the Joanna Briggs Institute protocol and was previously registered on the Open Science Framework platform (doi: 10.17605/OSF.IO/PN9ET), with searches conducted in the following databases: PubMed, Web of Science, Scopus, LILACS, Cochrane, and Google Scholar, without restrictions regarding publication period or language. After the initial screening of the 283 identified studies, followed by a full-text reading to confirm eligibility criteria, 6 studies were included in the review. Cigarette butts, dental prostheses, dental compression pads, oral cavity, and FTA cards were described as substrates from which collected saliva samples were obtained. The DNA viability was verified in time frames ranging from 1 day to 11 years. It was found that the sample collection and storage protocol is a factor that can influence the quantity and quality of the examined material; however, viable DNA was observed in analyses conducted a decade after saliva collection, and this was the maximum follow-up time reported in the studies. In the second chapter, a laboratory research article is presented, which investigated the viability time of DNA extracted from human saliva when exposed to the external environment, with the aim of evaluating its potential for human identification. The study involved 10 healthy adult volunteers. Participants chewed a sialogogue for 3 minutes and then expelled their saliva into sterile Falcon tubes. The samples were exposed to the environment and analyzed at five distinct time points: 0, 7, 15, 30, and 60 days. Afterward, respecting the analysis time for each group, the saliva samples were immersed in 800 μL of TRIzol™ Reagent, a solution used for DNA extraction. The samples were then centrifuged and cryopreserved at - 20°C. In the next phase, after extracting the aqueous-phase substances, which contain DNA molecules, these were recovered and transferred to new microtubes, to which alcohol was added to precipitate the DNA molecules after another centrifugation. For tubes containing samples without visible solution, 50 μL of ultrapure water was added, and then 8 μL of each sample was taken and mixed with 10 μL of mastermix and 2 μL of primer for the B-actin gene. Next, the genetic material quantity was assessed using a thermocycler to check for fluorescence emission, real-time PCR (Polymerase Chain Reaction). After collecting the relative results, the data were statistically analyzed using the Jamovi software (version 2.3.21), with a significance level of 5%. The results showed a loss of approximately 20% in the DNA quantity, which remained consistent across all analyses from the 7th day onward. The variations in the DNA values across the different time groups did not show statistically significant differences (ANOVA for repeated measures; p = 0.475). The results indicate that saliva exposed to the external environment for 60 days is still viable for human identification purposes. It can be concluded that the two articles complement each other, as the first article demonstrates what is known about the topic and the gaps in knowledge, such as the lack of a specific saliva collection and storage protocol and the definition of the maximum time limit at which saliva becomes non-viable. The second article addresses this last gap by conducting experimental research that shows saliva is a viable substrate for human identification even after being exposed to the environment for 60 days. This study consolidates saliva as a reliable genetic material for forensic analysis, reinforcing its stability and viability even after long periods of environmental exposure, which expands its potential for application in human identification and in resolving criminal investigations. |
Palavras-chave: | Saliva DNA Antropologia forense Odontologia legal Genética forense Forensic anthropology Forensic odontology Forensic genetics |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
Sigla da Instituição: | UFPB |
Departamento: | Odontologia |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
URI: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/35976 |
Data do documento: | 28-Jan-2025 |
Aparece nas coleções: | Centro de Ciências da Saúde (CCS) - Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
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