Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/36958| Tipo: | Tese |
| Título: | Adolescentes privadas de liberdade: violências e (in)visibilidades |
| Autor(es): | Melo, Érica Renata Chaves Araújo de |
| Primeiro Orientador: | Zamboni, Marcela |
| Resumo: | O principal objetivo desta pesquisa foi compreender como as violências a que foram submetidas as adolescentes que cumprem medida de meio fechado se relacionam com os diversos tipos de invisibilidades decorrentes da privação de liberdade. Partimos da história de vida de três adolescentes que se encontravam privadas de liberdade na cidade de João Pessoa/PB e das entrevistas semiestruturadas realizadas com seis representantes da comunidade socioeducativa Disciplinamento e vigilância estatal; Corpo, palavras e rumores; Gênero, patriarcado e violência; Invisibilidade e Espiritualidade. A partir da questão central, traçamos um perfil sociodemográfico das adolescentes, além de considerar aspectos da fase da adolescência e o adolescer na perspectiva do feminino, colocando, também no centro do debate, a perspectiva sócio-histórica e a decolonial para compreender as questões de gênero até apresentar elementos de junção entre as violências e as invisibilidades. Expusemos a fundamentação do disciplinamento enquanto ferramenta de controle, as diversas dinâmicas de poder encontradas no campo de pesquisa e a estrutura do Estado que também estrutura as relações sociais, fazendo interface com os questionamentos sobre o corpo dócil e as violências, apresentando dados subjetivos a partir das experiências e vivências das adolescentes. De maneira geral, os dados apontaram para algumas respostas ao problema de pesquisa, pois ajudaram a identificar que as violências de gênero sofridas pelas adolescentes estão diretamente associadas às invisibilidades sofridas por elas no sistema de privação de liberdade e fora dele. Além disso, foi possível observar que a lógica de reprodução da dominação impõe esquemas de opressão sob as adolescentes e que existe um esforço diário, mesmo que inconsciente, para reproduzir, por meio da comunidade socioeducativa e demais atores sociais, classificações e estereótipos que as inviabilizam. Por fim, a estrutura do Estado também edifica as relações sociais compreendendo, assim, a relação desses elementos e suas contribuíções para que as invisibilidades sociais, institucionais e estruturais ocorram. Diante dos resultados, corrobora-se com a tese de que as violências vivenciadas pelas adolescentes se relacionam com as diversas invisibilidades, seja ela: epistemológica, acadêmica, social, institucional, cultural, econômica, histórica, sexual, politica e de gênero. Adicionalmente, esses fatores retroalimentam uma espécie de violação de direito do Estado, como se as adolescentes não pudessem cumprir com a medida socioeducativa, visto ser essa a atual perspectiva jurídica de responsabilização, mas que, ao mesmo tempo, não determina suas vivências partindo das suas resistências para sobreviver diante desse controle. |
| Abstract: | The main objective of this research was to understand how the violence inflicted upon adolescents serving a closed environment socio-educational measure relates to the different types of invisibilities that result from the deprivation of liberty. We started from the life story of three teenagers who were deprived of their freedom in the city of João Pessoa, PB and from semi-structured interviews carried out with six representatives of the socio-educational
ablish the themes to be covered: Disciplining and state surveillance; Body, words and rumors; Gender, patriarchy and violence; Invisibility and Spirituality. Based on the central question, we outline a sociodemographic profile of adolescents deprived of liberty in the state of Paraíba, in addition to considering aspects of the adolescence phase and adolescence from a female perspective, also placing at the center of the debate, the socio-historical and the decolonial approaches to understand gender issues as to present elements of junction between violence and invisibilities. We exposed the basis of disciplining as a tool of control, the various power dynamics found in the field of research and the structure of the State that also structures social relations, interfacing questions about the docile body and violence, presenting subjective data from the experiences of adolescents. In general, the data pointed some answers to the research problem, as they helped to identify that the gender-based violence suffered by adolescents is directly associated with the invisibilities suffered by them in the liberty deprivation system as well as outside of it. Furthermore, it was possible to observe that the logic of reproduction of domination imposes schemes of oppression on adolescents and that there is a daily effort, even if unconscious, to reproduce, through the socio-educational community and other social actors, classifications and
relations, thus understanding the relationship of these elements and their contributions so that social, institutional and structural invisibilities occur. Given the results, the thesis is corroborated that the violence experienced by adolescents is related to various invisibilities, such as: epistemological, academic, social, institutional, cultural, economic, historical, sexual, political and gender based. Additionally, these factors contribute to a type of inaction by the State, as if adolescents did not have the right to experience socio-education, but which, at the same time, does not determine their experiences based on their resistance to survive in the face of this control. RESUMEN. El principal objetivo de esta investigación fue comprender cómo la violencia a la que fueron sometidas las adolescentes que cumplían medida de ambiente cerrado se relaciona con los diferentes tipos de invisibilidades resultantes de la privación de libertad. Partimos de la historia de vida de tres adolescentes privadas de libertad en la ciudad de João Pessoa-PB y de entrevistas semiestructuradas realizadas con seis representantes de la comunidad socioeducativa de la Uni vigilancia estatal; Cuerpo, palabras y rumores; Género, patriarcado y violencia; Invisibilidad y Espiritualidad. A partir de la pregunta central, delineamos un perfil sociodemográfico de las adolescentes, además de considerar aspectos de la adolescencia, y de esta fase desde una perspectiva femenina, colocando también en el centro del debate, la dimensión sociodemográfica, lo histórico y lo decolonial para comprender las cuestiones de género hasta presentar elementos de unión entre violencias e invisibilidades. Exponemos las bases del disciplinamiento como herramienta de control, las diversas dinámicas de poder encontradas en el campo de la investigación y la estructura del Estado que también estructura las relaciones sociales, interactuando con preguntas acerca del cuerpo dócil y la violencia presentando datos subjetivos a partir de las experiencias de las adolescentes. En general, los datos apuntaron algunas respuestas al problema de investigación, pues ayudaron a identificar que la violencia de género que sufren las adolescentes está directamente asociada a las invisibilidades que a su vez, sufren en el sistema privativo de libertad y fuera de él. Por otro lado, se observó que la lógica de reproducción de la dominación impone esquemas de opresión a las adolescentes y que hay un esfuerzo diario, aunque sea inconsciente, por reproducir a través de la comunidad socioeducativa y otros actores sociales, clasificaciones y estereotipos que las inviabilizan. Finalmente, la estructura del Estado también construye relaciones sociales, entendiendo así la relación de estos elementos y sus aportes para que se produzcan invisibilidades sociales, institucionales y estructurales Ante los resultados, se corrobora la tesis de que la violencia vivida por las adolescentes está relacionada con diversas invisibilidades, ya sean: epistemológicas, académicas, sociales, institucionales, culturales, económicas, históricas, sexuales, políticas y de género. Además, estos factores retroalimentan un tipo de inacción por parte del Estado, como si las adolescentes no tuvieran derecho a vivir la socioeducación, pero que, al mismo tiempo, no determina sus experiencias a partir de su resistencia a sobrevivir en el medio frente a este control. |
| Palavras-chave: | Socioeducação feminina Invisibilidade e violência Adolescentes Estado Female socio-education Invisibility and violence Adolescents State Socioeducación femenina Invisibilidad y violencia |
| CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
| Sigla da Instituição: | UFPB |
| Departamento: | Sociologia |
| Programa: | Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
| Tipo de Acesso: | Acesso aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
| URI: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
| URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/36958 |
| Data do documento: | 18-Fev-2025 |
| Aparece nas coleções: | Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| EricaRenataChavesAraujoDeMelo_Tese.pdf | 16,62 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciada sob uma
Licença Creative Commons
