Skip navigation

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/36968
Tipo: Tese
Título: A invisibilidade social de trabalhadores e trabalhadoras informais na Rede de Atenção à Saúde (RAS) no SUS
Autor(es): Silva, Jaciara dos Santos
Primeiro Orientador: Rombaldi, Mauricio
Resumo: O avanço do capitalismo, sob ideais neoliberais, impõe desafios à regulação social pelo Estado e resulta em um processo histórico de contrarreformas que geram tensões crescentes sobre a força de trabalho e a organização dos trabalhadores. Nesse contexto, a emergência de distintas formas de trabalho precário e do desemprego estrutural tem efeitos significativos na saúde dos trabalhadores, especialmente dos informais, que se encontram à margem do sistema de proteção social e, assim, expostos a diversos riscos de adoecimento, acidentes e violências. Perante o exposto, o presente estudo tem como objetivo analisar a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) e sua interface com a informalidade do trabalho no estado da Paraíba, buscando compreender em que medida essa política é impactada pela crise do Estado e pela emergência de um novo padrão de regulação do trabalho. A pesquisa, de caráter qualitativo, adotou como estratégia metodológica a pesquisa bibliográfica, orientada nos marcos da tradição marxista, além da análise documental e da realização de entrevistas semiestruturadas com diretores dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) estadual e regionais da Paraíba, dirigentes sindicais e trabalhadores informais de diferentes ocupações: diarista, ambulante, pedreiro, entregador por aplicativo, costureira e esteticista. Os resultados da pesquisa indicam a fragilidade da regulação laboral, com a secundarização da PNSTT dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e a invisibilização social dos trabalhadores informais nos serviços de atenção à saúde. Essa negligência se expressa na ausência de vigilância nos ambientes de trabalho informal e na ocultação de agravos à saúde relacionados ao trabalho. Essa combinação de fatores contribui para o aumento do adoecimento de trabalhadores, bem como para o crescimento do número de acidentes e mortes relacionadas ao trabalho. Diante desse cenário, torna-se urgente a formulação de estratégias para o fortalecimento do SUS e, consequentemente, do campo da saúde do trabalhador, garantindo um olhar ampliado e sistemático sobre as relações entre trabalho, condições de saúde e doenças dos usuários-trabalhadores da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
Abstract: The advancement of capitalism, under neoliberal ideals, poses challenges to social regulation by the State and results in a historical process of counter-reforms that generate increasing tensions on the workforce and the organization of workers. In this context, the emergence of different forms of precarious work and structural unemployment has significant impacts on workers' health, especially informal workers, who are on the margins of the social protection system and, therefore, exposed to various risks of illness, accidents, and violence. Given this scenario, the present study aims to analyze the National Policy on Workers' Health (PNSTT) and its interface with labor informality in the state of Paraíba, seeking to understand to what extent this policy is affected by the State crisis and the emergence of a new pattern of labor regulation. The research, of a qualitative nature, adopted as a methodological strategy a bibliographic review, guided by the Marxist tradition, in addition to document analysis and semi-structured interviews with directors of the State and Regional Reference Centers for Workers' Health (CEREST) in Paraíba, union leaders, and informal workers from different occupations: housekeeper, street vendor, construction worker, app-based delivery worker, seamstress, and beautician. The research results indicate the fragility of labor regulation, with the PNSTT being deprioritized within the Unified Health System (SUS) and the invisibility of informal workers' health in healthcare services. This neglect is expressed in the lack of surveillance in informal work environments and the concealment of work-related health issues. This combination of factors contributes to the increase in worker illnesses as well as the rising number of work-related accidents and deaths. Given this scenario, it is urgent to formulate strategies to strengthen SUS and, consequently, the field of workers' health, ensuring a broad and systematic perspective on the relationships between work, health conditions, and diseases affecting worker-users of the Health Care Network (RAS).
RESUMEN. El avance del capitalismo, bajo ideales neoliberales, impone desafíos a la regulación social por parte del Estado y resulta en un proceso histórico de contrarreformas que generan tensiones crecientes sobre la fuerza de trabajo y la organización de los trabajadores. En este contexto, la emergencia de distintas formas de trabajo precario y del desempleo estructural tiene impactos significativos en la salud de los trabajadores, especialmente de los informales, quienes se encuentran al margen del sistema de protección social y, por lo tanto, expuestos a diversos riesgos de enfermedades, accidentes y violencia. Ante este escenario, el presente estudio tiene como objetivo analizar la Política Nacional de Salud del Trabajador y la Trabajadora (PNSTT) y su relación con la informalidad laboral en el estado de Paraíba, buscando comprender en qué medida esta política se ve afectada por la crisis del Estado y la emergencia de un nuevo patrón de regulación del trabajo. La investigación, de carácter cualitativo, adoptó como estrategia metodológica la revisión bibliográfica, orientada en los marcos de la tradición marxista, además del análisis documental y la realización de entrevistas semiestructuradas con directores de los Centros de Referencia en Salud del Trabajador (CEREST) estatales y regionales de Paraíba, dirigentes sindicales y trabajadores informales de diferentes ocupaciones: trabajadora del hogar, vendedor ambulante, albañil, repartidor por aplicación, costurera y esteticista. Los resultados de la investigación indican la fragilidad de la regulación laboral, con la PNSTT siendo relegada dentro del Sistema Único de Salud (SUS) y la invisibilización de la salud de los trabajadores informales en los servicios de atención sanitaria. Esta negligencia se manifiesta en la falta de vigilancia en los entornos de trabajo informal y en la ocultación de los problemas de salud relacionados con el trabajo. Esta combinación de factores contribuye al aumento de enfermedades entre los trabajadores, así como al crecimiento del número de accidentes y muertes laborales. Ante este panorama, se hace urgente la formulación de estrategias para fortalecer el SUS y, en consecuencia, el ámbito de la salud del trabajador, garantizando una visión amplia y sistemática sobre las relaciones entre el trabajo, las condiciones de salud y las enfermedades de los trabajadores-usuarios de la Red de Atención en Salud (RAS).
Palavras-chave: Trabalho
Informalidade
Saúde do trabalhador
Contrarreformas do Estado
Work
Informality
Worker health
State counter-reforms
Trabajo
Informalidad
Salud del trabajador
Contrarreformas del Estado
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Sociologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/36968
Data do documento: 17-Jun-2025
Aparece nas coleções:Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
JaciaraDosSantosSilva_Tese.pdf3,53 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons