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Tipo: Dissertação
Título: Estudo da Potencialidade da Lignana Iangambina e da Quitosana no Tratamento da Leishmaniose Experimental em Camundongos Suiços
Autor(es): Penha, Antônia Rosangela Soares
Primeiro Orientador: Oliveira, Márcia Rosa de
Resumo: As leishmanioses são um grupo de doenças causadas por diferentes espécies do gênero Leishmania que afetam mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo. As manifestações clínicas podem variar desde simples lesões cutâneas à leishmaniose visceral que pode ser fatal. A quimioterapia convencional baseia-se em múltiplas injeções parenterais com antimoniais pentavalentes que são consideravelmente tóxicos e propensos a induzir resistência nos parasitas. A iangambina é uma lignana furofurânica isolada das folhas da Ocotea duckei que apresenta várias potencialidades farmacológicas. A quitosana, um polissacarídeo natural composto de glicosamina e N-acetil-D glicosamina, tem demonstrado propriedades farmacêuticas relacionadas à liberação controlada de drogas. Considerando que a busca de drogas mais eficazes contra Leishmania tornou-se extremamente necessária, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antileishmania da iangambina e da quitosana assim como a associação da iangambina com a quitosana em modelos experimentais in vitro e in vivo. Estas substancias foram testadas sobre formas promastigotas de L. amazonensis e L. chagasi, sobre macrófagos murinos e células epiteliais de rim canino (MDCK), sobre a infecção de macrófagos murinos com L. chagasi e em camundongos suíços infectados com L. amazonensis. A iangambina apresentou atividade antipromastigota sobre as duas espécies e a quitosana apresentou atividade antipromastigota para a espécie L. chagasi. A associação da iangambina com a quitosana não interferiu com a atividade antipromastigota da iangambina. Quanto a citotoxicidade para as células de mamíferos, não houve atividade citotóxica da iangambina sobre macrófagos e células MDCK no tempo de exposição de 24h; a quitosana não apresentou um efeito citotóxico para os macrófagos quando estes foram expostos por 24h, no entanto para o tempo de exposição de 48h, esse carboidrato apresentou uma citotoxicidade significativa para macrófagos. A iangambina e a quitosana apresentaram atividade anti-amastigota em macrófagos murinos infectados com L. chagasi nos tempos de 48h e 72h de incubação. Esta redução não foi dependente da produção de óxido nítrico (NO) e nem do fator de necrose tumoral- (TNF- ). No modelo de camundongos suíços infectados na pata com L. amazonensis o grupo de animais que recebeu tratamento da associação da iangambina com a quitosana e o grupo que recebeu quitosana apresentaram uma redução significativa no tamanho das lesões da pata na oitava semana de tratamento e uma diminuição na carga parasitária da pata e linfonodo poplíteo. O grupo de animais tratados com a iangambina, embora não tenha apresentado diminuição de lesão, também teve uma redução da carga parasitária da pata e linfonodo. Dessa forma, pode-se concluir que a iangambina e a quitosana apresentam uma potencialidade na terapêutica das leishmanioses, caracterizada por uma atividade antileishmania tanto in vitro como in vivo
Abstract: Leishmaniasis are a group of parasitic diseases caused by different species of the genus Leishmania and affect over 12 million people throughout the world. Clinical manifestations may vary from simple cutaneous lesions to visceral leishmaniasis, which may be fatal. Conventional chemotherapy is based on several parenteral injections of pentavalent antimonials, drugs that are considerably toxic and prone to induce parasite resistance. Yangambin is a furofuranic lignan, isolated from the leaves of Ocotea duckei, which presents several pharmacological potentialities. Chitosan, a natural polysaccharide composed of glucosamine and n-acetyl-d-glucosamine, has been demonstrating pharmaceutical properties related to controlled drug release. Taking into account that the search for more effective drugs against Leismania has become necessary, this study aimed to evaluate the antileishmanial activity of yangambin and chitosan, as well as the association of yangambin and chitosan on in vitro and in vivo experimental models. The molecules were tested on: promastigote forms of L. amazonensis and L. chagasi; murine macrophages and epithelial cells of canine kidney (MDCK cells); macrophages infected with L. chagasi; and Swiss mice infected with L. amazonensis. Yangambin presented antipromastigote activity against both Leishmania species, and chitosan against L. chagasi. The association yangambin-chitosan did not interfere with the antipromastigote activity of yangambin. Concerning cytotoxicity on mammalian cells, no cytotoxic activity of yangambin was registered on murine macrophages nor MDCK cells at a 24-hour exposure time. Chitosan was not cytotoxic for macrophages exposed to it for 24 hours, however, it presented significant cytotoxic activity for macrophages at a 48-hour exposure time. Yangambin and chitosan presented antiamastigote activity on murine macrophages infected with L. chagasi at a 48 and 72-hour incubation time. Such activity was independent of nitric oxide (NO) and tumor necrosis factor-a (TNF-a) production. On the model of Swiss mice infected on the footpad with L. amazonensis, the group treated with the association yangambin-chitosan and the group treated with chitosan presented a significant reduction of the paw lesion size at the eighth week of treatment, as well as a reduced parasite load at the footpad and linfonode. Although the group of animals treated with yangambin did not present reduction of the footpad lesion size, a reduced parasite load was observed at the footpad and linfonode. Thus, it can be concluded that yangambin and chitosan present a potentiality in the therapeutics of leishmaniasis, characterized by antileishmanial activity both in vitro and in vivo.
Palavras-chave: Leishmania
Langambina
Quitosana
Leishmania
Yangambin
Chitosan
CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::FARMACOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal da Paraí­ba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Farmacologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos
Citação: PENHA, Antônia Rosangela Soares. Estudo da Potencialidade da Lignana Iangambina e da Quitosana no Tratamento da Leishmaniose Experimental em Camundongos Suiços. 2010. 121 f. Dissertação (Mestrado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos) - Universidade Federal da Paraí­ba, João Pessoa, 2010.
Tipo de Acesso: Acesso aberto
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6849
Data do documento: 10-Mar-2010
Aparece nas coleções:Centro de Ciências da Saúde (CCS) - Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos

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