Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/33070
Tipo: | Dissertação |
Título: | Escurecendo o futuro: interseccionalidade e afrofuturismo em Quem teme a morte, de Nnedi Okorafor |
Autor(es): | Araújo, Wilson de Carvalho Silva |
Primeiro Orientador: | Lúcio, Ana Cristina Marinho |
Primeiro Coorientador: | Souto Maior, Maria Elizabeth Peregrino |
Resumo: | No movimento afrofuturista uma perspectiva recorrente é o olhar para o passado ao passo em que se constrói o futuro. Pois uma vez que o processo colonial da Europa sobre a África em muito contribuiu para um apagamento do que os povos africanos haviam construído, projetar futuros também deveria considerar o olhar para o passado. Na construção desses futuros, por sua vez, deve ser considerado que as subjetividades das pessoas negras, africanas e afrodiaspóricas, são compostas por uma série de categorias identitárias que se interseccionam. Devemos considerar, portanto, a lógica da interseccionalidade, que aborda justamente isso. Essa pesquisa, assim, busca realizar uma análise do romance Quem teme a morte, de Nnedi Okorafor, a partir das perspectivas do Afrofuturismo e da interseccionalidade. Na narrativa, o racismo e a violência de gênero são questões relevantes, de modo que se busca compreender como a protagonista do romance procura mudar sua realidade em benefício de pessoas como ela, levando em conta tanto os atravessamentos de uma identidade interseccional complexa, que por vezes a faz ser vítima de múltiplas violências, quanto a perspectiva de que o futuro pode ser moldado no sentido de combater essas violências. Utilizamos como base teórica Cheikh Anta Diop (1985), Elisa Larkin Nascimento (2008), José Rivair Macedo (2015), Oyèrónkẹ Oyěwùmí (2021) e John Henrik Clarke (2021), sobretudo no que diz respeito à África, sua história e aspectos culturais; Kimberlé Crenshaw (2002), Angela Davis (2016), Carla Akotirene (2018), Patrícia Hill Colins e Sirma Bilge (2020), Lélia Gonzalez (2020), sobre a teoria da intersecionalidade; Mark Dery (1994), Lu Ain-Zaila (2019), Waldson Gomes de Souza (2019), Fábio Kabral (2020) e Ytasha L. Womack (2024), sobre o Afrofuturismo, dentre outros autores. Percebe-se que no romance a luta contra os sistemas de opressão ocorre em conjunto com a ideia de projeção de futuro, de modo que o reconhecimento e valorização dos aspectos interseccionais da identidade são essenciais para isso. |
Abstract: | In the afrofuturist movement, a recurring perspective is the recovery of the past while building the future. Since Europe’s colonial process over Africa contributed greatly to the erasure of what African peoples had built, projecting futures should also consider the recovery of the past. In the construction of these futures, in turn, it must be considered that the subjectivities of black, African, and Afro-diasporic people are composed of a series of identity categories that intersect. Therefore, the logic of intersectionality, which addresses precisely this, must be considered. This research, therefore, seeks to analyze the novel Who Fears Death, by Nnedi Okorafor, from the perspectives of Afrofuturism and intersectionality. In the narrative, racism and gender violence are relevant issues, so we seek to understand how the protagonist of the novel seeks to change her reality for the benefit of people like her, taking into account both the intersections of a complex intersectional identity, which sometimes makes her a victim of multiple forms of violence, and the perspective that the future can be shaped to the detriment of combating these forms of violence. We use as a theoretical basis Cheikh Anta Diop (1985), Elisa Larkin Nascimento (2008), José Rivair Macedo (2015), Oyèrónkẹ Oyěwùmí (2021) and John Henrik Clarke (2021), especially with regard to Africa, its history and cultural aspects, Kimberlé Crenshaw (2002), Angela Davis (2016), Carla Akotirene (2018), Patrícia Hill Colins and Sirma Bilge (2020), Lélia Gonzalez (2020), on the theory of intersectionality, Mark Dery (1994), Lu Ain-Zaila (2019), Waldson Gomes de Souza (2019), Fábio Kabral (2020) and Ytasha L. Womack (2024), on Afrofuturism, among other authors. It is clear that in the novel the fight against systems of oppression occurs together with the idea of projecting the future, so that the recognition and appreciation of intersectional aspects of identity are essential for this. |
Palavras-chave: | Romance - Análise Afrofuturismo Interseccionalidade Quem teme a morte - Obra Nnedi Okorafor, 1974 Literatura negra Afrofuturism Interseccionality Who fears death Black literature |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal da Paraíba |
Sigla da Instituição: | UFPB |
Departamento: | Letras |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
URI: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/33070 |
Data do documento: | 26-Jul-2024 |
Aparece nas coleções: | Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - Programa de Pós-Graduação em Letras |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
WilsonDeCarvalhoSilvaAraújo_Dissert.pdf | 1,1 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciada sob uma
Licença Creative Commons