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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/37007
Tipo: TCC
Título: Como considerar uma história de pátria no meio deste cemitério continental: a violência sobre os povos Yanomami durante a pandemia da Covid-19
Autor(es): Medeiros, Anastacia da Silva
Primeiro Orientador: Melo, Vico Dênis Sousa de
Resumo: A literatura indígena enseja a auto-história dos povos originários e a possibilidade de ser compreendida também como literatura de sobrevivência, pois pensar as textualidades indígenas como meio de produção de conhecimento e de atualização de memórias é pensar e concluir por uma literatura de existência e reconhecê-la como meio de resistência à sociedade que construiu um legado de violência desde a colonização até os tempos atuais. A colonialidade do ser em suas mais variadas expressões históricas, configura a matriz de um sistema estruturado para produzir ausências, desigualdades e dominação sobre os povos originários. No cenário pandêmico, as cartas indígenas fizeram ressoar as vozes de povos que enfrentam a morte desde sempre, sobretudo quando essa morte decorre da negligência estatal, que favorece a necropolítica. Este artigo tem por objetivo evidenciar, a partir da literatura indígena, os traços da violência colonial que desumaniza uma sociedade através do processo de invisibilização do outro para produzir política de morte como se verificou com os povos originários, nomeadamente os Yanomami durante a pandemia da Covid-19. O estudo envolveu pesquisa bibliográfica e documental, de cunho qualitativo e assume uma perspectiva autoetnográfica ao considerar o exercício de alteridade no ato da leitura crítica e sensível da autora/pesquisadora sobre os modos de articulação comunitária presentes nesses escritos, que inicialmente permitiu identificar a literatura indígena como política do vivo e resistência à necropolítica em que iniciativas de cooperação lideradas por figuras indígenas representaram formas de afirmação política, identitária, literária e, principalmente, de sobrevivência, cura, resistência e (re)invenção de outros mundos possíveis diante de um cemitério continental construído em um único país.
Abstract: Indigenous literature offers the self-history of Indigenous peoples and the possibility of also being understood as a literature of survival. To consider Indigenous textualities as a means of producing knowledge and updating memories is to consider and conclude that they are a literature of existence and recognize it as a means of resistance to a society that has built a legacy of violence from colonization to the present day. The coloniality of being, in its most varied historical expressions, constitutes the matrix of a system structured to produce absences, inequalities, and domination over Indigenous peoples. In the pandemic scenario, Indigenous letters have resonated with the voices of peoples who have always faced death, especially when that death results from state negligence, which favors necropolitics. This article aims to highlight, through Indigenous literature, the traces of colonial violence that dehumanize a society through the process of invisibilizing the other to produce a politics of death, as observed with Indigenous peoples, particularly the Yanomami, during the COVID-19 pandemic. The study involved bibliographical and documentary research, of a qualitative nature, and assumes an autoethnographic perspective by considering the exercise of alterity in the act of critical and sensitive reading by the author/researcher on the modes of community articulation present in these writings, which initially allowed identifying indigenous literature as politics of the living and resistance to necropolitics in which cooperation initiatives led by indigenous figures represented forms of political, identity, literary affirmation and, mainly, of survival, healing, resistance and (re)invention of other possible worlds in the face of a continental cemetery built in a single country.
Palavras-chave: Literatura indígena
Necropolítica
Yanomami
Covid-19
Violência estatal
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAO::ADMINISTRACAO PUBLICA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Gestão Pública
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/37007
Data do documento: 25-Set-2025
Aparece nas coleções:CCSA - TCC - Bacharelado em Gestão Pública

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