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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/16418
Tipo: TCC
Título: "Uberização" no capitalismo contemporâneo: uma análise da relação laboral entre a Uber e os motoristas
Autor(es): Cabral, Túlio Henrique Lopes.
Primeiro Orientador: Araújo, Jailton Macena de.
Resumo: A reestruturação produtiva desencadeada pelo sistema capitalista, a partir da década de 1970, produziu transformações nas relações laborais, flexibilizando as jornadas e os salários, expandindo as subcontratações e terceirizações e intensificando a geração de valor através do setor de serviços. O avanço da informatização e da digitalização da produção, após a década de 1990, propiciou a junção entre o trabalho precário e a tecnologia. A crise econômica de 2008 e a inefetividade dos direitos sociais brasileiros contribuíram também para o tensionamento da relação capital-trabalho. A uberização, caracterizada pelo trabalho sob demanda, a perpétua disponibilidade do trabalhador a uma plataforma online e a desproteção laboral é um fenômeno dessa processualidade. A Uber surgiu dessa conjuntura e aproveitou tais mecanismos para angariar lucro através do trabalho efetivo dos motoristas, coordenando e controlando o serviço de transporte particular das cidades através de um aplicativo. Nesse diapasão, diversos ordenamentos jurídicos, incluindo o brasileiro, procuram estabelecer um entendimento sobre a relação jurídica envolvida. Assim, o problema central desta pesquisa é a tentativa de compreender a relação jurídica entre a Uber e os motoristas, sob a perspectiva da Consolidação das Leis do Trabalho e do Valor Social do Trabalho. Além disso, procurar-se-á analisar em que medida o fenômeno da uberização do trabalho se relaciona com a reestruturação produtiva do sistema capitalista iniciada na década de 1970 e continuada nos anos posteriores, examinando também o cenário da morfologia do trabalho, tomando como base a referência brasileira, a partir da inefetividade dos direitos socias e da crise econômica. A corrente de pensamento que essa pesquisa se filia é a do materialismo histórico dialético, compreendendo as relações sociais de produção e o desenvolvimento da humanidade a partir de uma processualidade contínua. Aponta-se para um efetivo vínculo empregatício entre os condutores e a Uber e, como consequência, para a necessidade da uniformização da jurisprudência brasileira em torno dessa questão, com o intuito de que as garantias trabalhistas expressadas pela Constituição da República Federativa brasileira sejam concretizadas.
Abstract: A reestruturação produtiva desencadeada pelo sistema capitalista, a partir da década de 1970, produziu transformações nas relações laborais, flexibilizando as jornadas e os salários, expandindo as subcontratações e terceirizações e intensificando a geração de valor através do setor de serviços. O avanço da informatização e da digitalização da produção, após a década de 1990, propiciou a junção entre o trabalho precário e a tecnologia. A crise econômica de 2008 e a inefetividade dos direitos sociais brasileiros contribuíram também para o tensionamento da relação capital-trabalho. A uberização, caracterizada pelo trabalho sob demanda, a perpétua disponibilidade do trabalhador a uma plataforma online e a desproteção laboral é um fenômeno dessa processualidade. A Uber surgiu dessa conjuntura e aproveitou tais mecanismos para angariar lucro através do trabalho efetivo dos motoristas, coordenando e controlando o serviço de transporte particular das cidades através de um aplicativo. Nesse diapasão, diversos ordenamentos jurídicos, incluindo o brasileiro, procuram estabelecer um entendimento sobre a relação jurídica envolvida. Assim, o problema central desta pesquisa é a tentativa de compreender a relação jurídica entre a Uber e os motoristas, sob a perspectiva da Consolidação das Leis do Trabalho e do Valor Social do Trabalho. Além disso, procurar-se-á analisar em que medida o fenômeno da uberização do trabalho se relaciona com a reestruturação produtiva do sistema capitalista iniciada na década de 1970 e continuada nos anos posteriores, examinando também o cenário da morfologia do trabalho, tomando como base a referência brasileira, a partir da inefetividade dos direitos socias e da crise econômica. A corrente de pensamento que essa pesquisa se filia é a do materialismo histórico dialético, compreendendo as relações sociais de produção e o desenvolvimento da humanidade a partir de uma processualidade contínua. Aponta-se para um efetivo vínculo empregatício entre os condutores e a Uber e, como consequência, para a necessidade da uniformização da jurisprudência brasileira em torno dessa questão, com o intuito de que as garantias trabalhistas expressadas pela Constituição da República Federativa brasileira sejam concretizadas.
Palavras-chave: Uber
Motoristas de Uber
Relação laboral
Uberização
Valor Social do Trabalho
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal da Paraíba
Sigla da Instituição: UFPB
Departamento: Direito Processual e Prática Jurídica
Tipo de Acesso: Acesso aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
URI: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/16418
Data do documento: 20-Set-2019
Aparece nas coleções:TCC - Direito - João Pessoa

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